O secretário de Apoio à Reconstrução do RS, Maneco Hassen criticou o governo estadual em relação ao elevado valor das tarifas de pedágio propostas no plano de concessão das rodovias do Bloco 2.
Embora reconheça a importância do projeto, Hassen questiona a discrepância entre os valores praticados em concessões federais, R$ 0,12 a R$ 0,17 por quilômetro rodado, e os valores propostos para o Vale que chegam ao dobro.
O secretário pede que o governo do estado apresente à população do municípios afetados justificativas claras para essa diferença, mesmo que isso envolva o uso de recursos destinados a obras de reconstrução. Segundo Hassen, as tarifas poderiam ser ainda maiores, atingindo o triplo do valor atual de R$ 0,23, caso o estado não estivesse utilizando o fundo proveniente da suspensão da dívida com a União.
Em relação à pressão de líderes reginais para isenção de tributos federais sobre os pedágios, Hassen considera temerária. Ele argumenta que tal medida não poderia ser aplicada apenas aos municípios do Bloco 2 e que, se fosse viável, exigiria aprovação no Congresso Nacional. “Quem propôs essa alternativa sabe que ela não é possível e apenas quis criar uma cortina de fumaça”, afirma o secretário.
Hassen demonstra preocupação com a situação dos prefeitos e critica a postura do governo estadual, que, segundo ele, cria um problema e transfere a responsabilidade da solução para os gestores municipais. “É muito fácil deixar para que outros o resolvam, para depois colher os frutos”, conclui.