As articulações para a formação de uma federação partidária entre PP, Republicanos e União Brasil devem se intensificar no próximo ano. Líderes das três siglas discutem a possibilidade desde 2023 e pretendem chegar a um consenso até fevereiro de 2025.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tem manifestado a intenção de impulsionar as negociações, apesar dos desafios inerentes ao processo. A principal dificuldade está na conciliação das bases estaduais dos partidos, cujas alianças locais nem sempre refletem os alinhamentos políticos do Congresso Nacional.
Caso se concretize, a federação teria impacto significativo no cenário político, tanto em âmbito municipal quanto estadual e nacional. Juntos, os três partidos somam 153 deputados, o que resultaria na maior bancada da Câmara dos Deputados.
Apesar da intenção de unir as três siglas, ainda existe a possibilidade de uma federação com apenas duas delas. O União Brasil segue analisando internamente sua posição sobre o tema. Inicialmente, o Republicanos fazia parte das tratativas, mas decidiu recuar e agora negocia uma possível fusão com o PSDB.
Se a federação for formalizada apenas entre PP e União Brasil, o grupo passaria a ter 109 parlamentares na Câmara, ultrapassando o PL e se tornando a maior bancada da Casa. No Senado, a aliança entre Progressistas e União Brasil reuniria 13 senadores, consolidando um bloco político de peso no Congresso.
Nesta terça, 18, o ex-prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo, se despediu do PP após quase 25 anos de militância e migrou para o União Brasil, partido onde enxerga mais possibilidades de se eleger deputado federal.