Empresas avaliam experiência técnica, mas comportamento define permanência

NOVAS PERSPECTIVAS

Empresas avaliam experiência técnica, mas comportamento define permanência

Programa “Negócios em Pauta” deste sábado, 15, abordou o perfil dos profissionais atuais, com a participação de Lídia Nogueira, regente de recursos humanos da Docile, Jardeline Laize Piccinini, gerente de desenvolvimento humano da Fruki, e Beatriz Vieira, diretora de operações da Dale Carnegie Vale do Taquari, que debateram sobre os desafios e as tendências no mercado de trabalho

Empresas avaliam experiência técnica, mas comportamento define permanência
Programa ocorreu na sede do Grupo A Hora, em Lajeado. (Crédito da imagem: Daniély Schwambach)

O mercado de trabalho mudou e, com ele, as exigências para quem busca uma oportunidade. Mais do que habilidades técnicas, empresas procuram profissionais que saibam se relacionar, trabalhar em equipe e se adaptar às mudanças. Essa transformação se reflete nas estratégias de contratação de grandes empresas do Vale do Taquari, como Docile e Fruki, e também no olhar de especialistas na área.

Lídia Nogueira, regente de recursos humanos da Docile, destacou que a empresa busca um equilíbrio entre conhecimento técnico e competências comportamentais. “Quando analisamos um candidato, olhamos o que ele já viveu na carreira, quais experiências acumulou. Mas o mais importante é como essa pessoa se encaixa na nossa cultura e o que podemos construir juntos”, afirmou. Lídia ressaltou que a Docile tem um ambiente de proximidade e crescimento contínuo. “Entrar hoje em uma função operacional não significa permanecer nela. Com dedicação e desenvolvimento, é possível crescer dentro da empresa.”

Jardeline Laize Piccinini, gerente de desenvolvimento humano da Fruki, concordou que o comportamento pesa mais do que a formação técnica em muitos casos. “O processo seletivo tem sido cada vez mais criterioso. Não basta saber operar um maquinário ou atuar no setor administrativo. O candidato precisa demonstrar alinhamento com os valores da empresa, além de ter iniciativa e comprometimento”, comentou. Jardeline acrescentou que a empresa busca entender os objetivos de cada profissional. “É preciso que a vaga seja boa para os dois lados. Por isso, exploramos bastante na entrevista o que a pessoa quer para o futuro e como isso se encaixa no negócio.”

Beatriz Vieira, diretora de operação da Dale Carnegie Vale do Taquari, reforçou que, embora o conhecimento técnico seja fundamental, a falta de habilidades comportamentais pode comprometer a trajetória do profissional. “A gente contrata pelo perfil técnico e demite pelo comportamento”, afirmou. Beatriz destacou a importância do trabalho em equipe e da comunicação dentro das organizações. “Não é necessário ser amigo dos colegas fora do expediente, mas é essencial saber se relacionar e entender o impacto das próprias ações no grupo.”

Além da importância das soft skills, as gestoras também falaram sobre o desafio de manter os profissionais engajados. Lídia comentou que a Docile, com mais de 30 anos de história, ainda consegue manter um índice de permanência significativo entre os funcionários.

“8% dos nossos colaboradores estão há mais de 15 anos na empresa. Mas, com as novas gerações, o desafio de reter talentos aumenta”, afirmou. Para Jardeline, essa questão também está presente na Fruki. “Precisamos criar um ambiente onde as pessoas se sintam valorizadas e enxerguem possibilidades de crescimento. Assim, conseguimos manter a equipe motivada e alinhada com os objetivos da empresa”, comentou.

Diante desse cenário, as empresas seguem ajustando estratégias para atrair e reter talentos. O profissional do século XXI não é apenas um especialista na área, mas alguém capaz de se adaptar, aprender e contribuir para o crescimento do negócio.

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