O Sindicato dos Comerciários de Lajeado (Sindicomerciários) apresenta detalhes sobre a campanha salarial e a adesão ao movimento para estabelecer a jornada de trabalho 5×2. Durante o “Café com Informação”, na manhã dessa quinta-feira, 13 de março, a entidade reuniu dirigentes, trabalhadores e convidados.
Entre os assuntos discutidos, técnicos do Departamento Intersindical de Economia e Estudos Socioeconômicos (Dieese) abordaram as perspectivas econômicas, custos da cesta básica e a renda média dos trabalhadores.
A reunião, diz o presidente do Sindicomerciários, Marco Daniel Rochemback, é um preparativo para a etapa estadual, marcada para 21 de março. “Apresentamos o início da campanha salarial do ano. Em termos locais, aderimos ao movimento para redução da jornada de trabalho.”
O dirigente palestrou sobre a escassez de mão de obra no comércio regional, principalmente em Lajeado. “Há diversos fatores. O setor empresarial fala do excesso de auxílios governamentais. Esse pode ser um motivo. Mas há outros, temos de falar do nosso transporte urbano, dos salários oferecidos que são poucos atrativos. Tanto que estamos perdendo comerciantes para outros setores, em especial à indústria.”
Para ele, essa falta de trabalhadores é um desafio que exige atenção e soluções conjuntas entre empresas, sindicatos e poder público.
Fim da escala 6×1
No segundo momento do evento, o presidente da Federação dos Empregados no Comércio do RS (Fecosul) e da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Guiomar Vidor, lançou o programa para reduzir a escala dos funcionários do setor.
“Está comprovado por estudos que a jornada excessiva interfere na produtividade, na saúde e na qualificação dos trabalhadores”, realça o sindicalista. De acordo com ele, as representações dos empregados no RS adere ao projeto de lei em tramitação no Congresso Nacional, para estabelecer jornada de 40h semanais, com cinco dias trabalhados para dois de folga. “Acreditamos que esse é um avanço necessário, como foi anos atrás com a redução de 48 horas para 44 horas. Essa é uma demanda dos trabalhadores de todo o país”, realça Vidor.