A justiça dos homens

Opinião

Marcos Frank

Marcos Frank

Médico neurocirurgião

Colunista

A justiça dos homens

“A justiça não é apenas cega; sua balança esta desregulada e a espada sem fio.” – Millôr Fernandes

Hybris na mitologia grega é a deusa que personifica a insolência, a violência, o orgulho imprudente e a arrogância.

Ela se caracteriza pelas suas atitudes que passam do limite, aludindo a uma confiança excessiva, um orgulho exagerado, presunção, arrogância ou insolência, que com frequência termina sendo punida.

Na Antiga Grécia, ela se referia a um desprezo temerário pelo espaço pessoal alheio unido à falta de controle sobre os próprios impulsos, sendo um sentimento violento inspirado pelas paixões exageradas, consideradas doenças pelo seu caráter irracional e desequilibrado.

Como a mitologia romana copiou a grega, a versão latina de Hybris se chama Petulantia, espírito da lascívia e orgulho imprudente.

Essa é a origem histórica da palavra petulante, que vem do latim petulans, ou petulantis, que significa agressivo. Em latim, o adjetivo petulans indica alguém que é provocante, agressivo ou sempre preparado para atacar.

O final da história remete novamente aos gregos que consideravam a justiça dos deuses perfeita já que concebida por meio da razão. Já a justiça humana, na visão dos gregos, é conduzida pelos sentimentos e por isso mesmo é parcial e imperfeita. Por isso faz parte do nosso destino trágico ter uma justiça injusta.

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