Presidente do Codevat defende redução da tarifa de pedágio

CONCESSÃO das rodovias

Presidente do Codevat defende redução da tarifa de pedágio

Cíntia Agostini analisa impactos do modelo e valores adotados no bloco 2

Presidente do Codevat defende redução da tarifa de pedágio
Cíntia Agostini participou do programa "A Hora Bom Dia" desta sexta-feira, 14. (Crédito da imagem: Rodrigo Gallas)
Vale do Taquari

As discussões sobre a concessão das rodovias do bloco 2 avançam, mas os valores das tarifas ainda preocupam. A economista e presidente do Conselho de Desenvolvimento do Vale do Taquari (Codevat), Cíntia Agostini, afirmou que a redução dos pedágios deve ser analisada com base em fatores como volume de veículos, prazo de concessão e obras previstas.

“Atualmente, temos a BR-386 com tarifa de R$ 5,50, resultando em R$ 11 para ida e R$ 11 para volta até Porto Alegre”, explicou. No novo modelo, o valor ficaria em R$ 0,23 por quilômetro em pista simples e R$ 0,30 em pista duplicada.

A concessão da BR-386 abrange 473 km, com fluxo diário de mais de 30 mil veículos na Freeway e 8 mil em trechos após Soledade. O contrato prevê R$ 16 bilhões em investimentos ao longo de 30 anos.

No bloco 2, o trecho concedido é de 414 km, com investimento previsto de R$ 6,9 bilhões. “Hoje, na praça de Encantado passam cerca de 6 mil veículos por dia. Entre Lajeado e Arroio do Meio, esse número chega a 26 mil”, apontou.

A economista destacou que o modelo adotado tem um sistema de cobrança automática, o free flow, ainda novo no país. “Esse modelo reduz o custo individual, mas a tarifa final ainda é alta”, avaliou.

Sobre a administração das rodovias, Agostini comparou o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), responsável por mais de 10 mil km de rodovias estaduais, e a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), que gerencia pouco mais de 600 km. “Falamos de situações distintas, mas a EGR foi testada como empresa pública de concessão. Precisamos levar isso em conta”, afirmou.

Para reduzir as tarifas, um investimento de R$ 1,3 bilhão permitiria viabilizar as obras mais urgentes. No entanto, o recurso está comprometido com ações relacionadas às enchentes e à dívida do estado com a União.

“É preciso analisar todas as possibilidades para chegar aos R$ 0,14 por quilômetro”, reforçou. Além disso, ressaltou que algumas prefeituras já se manifestaram sobre o tema, mas que agora é o momento de as associações regionais definirem prioridades em conjunto.

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