A história por trás do Morro Gaúcho

Opinião

Fábio Kuhn

Fábio Kuhn

Idealizador do 365 Vezes no Vale

Coluna sobre Turismo

A história por trás do Morro Gaúcho

Dia 20 de março começa o outono. Para os amantes da natureza, significa a transição para a temporada dos picos e montanhas. E quando o assunto é mirantes naturais no Vale do Taquari, impossível não mencionar o famoso Morro Gaúcho de Arroio do Meio.

Num cume superior a 550 metros, o destino turístico apresenta um dos cenários panorâmicos mais belos da região com o rio Taquari cruzando diversas cidades. Além da visão singular, a elevação ostenta mais de 100 quilômetros de trilhas na mata e paredões que já serviram para incontáveis fotografias.

Em 2021, na condição de repórter do jornal A Hora, tive a oportunidade de produzir uma matéria sobre a história do Morro Gaúcho. Poucos sabem que o ponto turístico era britador no passado. Até a década de 90, o ambiente foi explorado para a retirada de basalto.

Resquícios dessa época ainda são perceptíveis. A casa onde os trabalhadores moravam está em ruínas no caminho até o morro. Próximo, escondido na mata, fica o que sobrou da estrutura do britador. O buraco onde eram dinamitadas as pedras se transformou num pequeno lago.

Práticas como voo livre, rapel e tirolesa já ocorreram no Morro Gaúcho. Além da beleza natural, o destino poderia se transformar num grande reduto de aventureiros

Passados quase 30 anos do fim da pedreira, o Morro Gaúcho é ocupado por entusiastas do ecoturismo e de atividades radicais. Competições estaduais de corridas em montanha são realizadas por lá. Rapel, tirolesa e escalada também.

No passado, existiam até rampas de voo livre no cume arroio-meense.

Entretanto, o Morro Gaúcho carece de um projeto amplo, uma “marca” para lhe colocar ainda mais em evidência. O fato da antiga pedreira pertencer à Compasul dificulta uma intervenção ou até investimentos públicos neste verdadeiro cartão de visitas do turismo regional.

Se eu pudesse definir o que seria do Morro Gaúcho, iria transformá-lo num grande reduto de aventureiros. Incentivar a criação de eventos radicais e de trilhas para serem realizadas todos os anos. Retomar o voo livre. Criar formas de preservar a curiosa história do antigo britador. E investir numa infraestrutura mínima.

Não é necessário obras faraônicas no Morro Gaúcho, afinal o maior atrativo já está pronto: é a própria natureza.

Desrespeito com a natureza

Imagem mostra a pichação desrespeitosa na Cascata do Canudo

O guia Douglas Pereira, da Terra Trips Aventuras, registrou a pichação em um das pedras de frente a Cascata do Canudo, em Coqueiro Baixo. Situação lamentável. Além de enfeiar o ambiente com rabiscos, o ato de pichar é considerado crime ambiental e de vandalismo.


O Cássio Breintenbach registrou o nascer do sol na Ponte de Ferro, entre Arroio do Meio e Lajeado. Um verdadeiro cartão-postal do Vale do Taquari.

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