A construção civil segue em expansão em Lajeado. Somente nos dois primeiros meses do ano, foram autorizados 66 mil metros quadrados de novas obras. Em 2024, o total chegou a 360 mil metros quadrados, número que já havia sido um recorde. Os resultados indicam que 2025 pode superar essa marca.
Segundo o sócio da Kappel Imóveis, Alberto Kappel, o crescimento ocorre em diversos segmentos, como habitações populares, imóveis de alto padrão, salas comerciais e pavilhões industriais. A demanda por esses espaços segue elevada, refletindo o aumento da população e a expansão econômica. A verticalização da cidade acompanha esse processo, já que 96,8% do município é urbanizado e há pouca disponibilidade de terrenos.
No fim de 2024, Lajeado recebeu o maior prédio residencial do RS, com 38 pavimentos, um marco para o setor. Além disso, novos centros urbanos estão se formando, impulsionados por investimentos em infraestrutura e a busca por serviços descentralizados. Kappel cita como exemplo o bairro Conventos, que já concentra bancos, farmácias, postos de combustíveis e escolas. Esse modelo se tornou mais comum após a enchente de maio de 2024, acelerando a criação de polos comerciais em diferentes regiões.
A valorização imobiliária também reflete o crescimento populacional. A cidade atrai moradores em busca de emprego, educação e qualidade de vida. A tragédia climática de 2024 agravou essa movimentação, esgotando a oferta de imóveis para locação e elevando os preços. “Ainda estamos abaixo da média histórica de disponibilidade de unidades para alugar, o que mantém os valores altos”, destacou Kappel.
O setor é um dos que mais movimenta a economia. “Cada real investido na construção civil circula por até 32 mãos diferentes, desde engenheiros e arquitetos até pedreiros, serventes e fornecedores de materiais”, explicou o empresário. Somente na Kappel Imóveis, foram comercializados 305 imóveis em 2024 entre as unidades de Lajeado e Venâncio Aires, além de 458 contratos de locação. A maior parte das negociações envolve compras para investimento. “Hoje, 52% das aquisições são feitas por quem busca rentabilidade e segurança financeira. Lajeado é referência para a região”, ressaltou.
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