O desrespeito às cascatas de acesso gratuito precisa acabar

Opinião

Fábio Kuhn

Fábio Kuhn

Idealizador do 365 Vezes no Vale

Coluna sobre Turismo

O desrespeito às cascatas de acesso gratuito precisa acabar

A Cascata Santo Isidoro, em Muçum, e a Cascata da Cabriúva, em Paverama, estão com os acessos proibidos. Em ambos os casos, os proprietários alegam o desrespeito com a natureza como motivo para impedir o fluxo de visitantes nos destinos naturais.

Convenhamos, eles têm total razão. Afinal quem em sã consciência vai permitir que estranhos entrem em seus pátios e deixem lixo nas suas terras. No caso de Muçum, a família sofria até com furtos e vandalismo na plantação por onde a trilha até a cascata passava.

Infelizmente a popularização de cascatas gratuitas na região evidenciou a falta de consciência ambiental de parte dos novos frequentadores. Algo simples como recolher o próprio lixo não é feito. Um hábito que, inclusive, deveria ser adotado em qualquer ambiente. Por vezes, me pergunto como deve ser a residência de alguém que deixa lixo numa cascata.

Santo Isidoro (Foto: Fábio Kuhn )

Como mudar esse péssimo costume? Não sei. Fato é que os bons frequentadores pagam pelos maus.
Na década de 90, a Cascata Cabriúva chegou a integrar o calendário municipal de Paverama e se consolidou como cartão-postal da cidade. Já a Cascata Santo Isidoro (também chamada de Salto da Brava) ganhou popularidade mais recente devido ao fácil acesso. Nenhuma das duas pode mais ser visitada.

Quantas outras cascatas terão de ter seu acesso proibido para que as pessoas aprendam a respeitar a natureza?

Cabriuva (Foto: Fábio Kuhn )

Charmosa, mas também poluída

Outra cascata que sofre com o descaso de parte dos frequentadores é a Santa Rita, em Estrela. O destino que já abrigou até uma hidroelétrica no passado se tornou popular nos meses mais quentes do ano.

Postamos um vídeo da Cascata Santa Rita no Instagram do @365_vezes_no_vale. Boa parte dos comentários tratava da sujeira deixada no local. O relato mais impressionante veio do morador próximo, Anderson Kilpp. Num sábado de manhã, ele recolheu mais de cinco sacos de 100 litros cheios de lixo.

Foto: Fábio Kuhn

Foto: Fábio Kuhn

Amanhecer abençoado

Assim estava o início da quarta-feira em Muçum. Foi nesse dia que a Ponte Brochado da Rocha liberou o trânsito para veículos após 18 meses da enchente que destruiu a estrutura rodoviária. A inauguração oficial da ligação reconstruída ocorre neste sábado, dia 8, durante programação da ExpoMuçum.

Foto: Fábio Kuhn

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