Segundo ele, a premissa era atualizar e deixar o ambiente mais leve, convidativo às crianças, mas dentro da temática “castelo”. “Esse foi o maior desafio, já que castelos são escuros e sombrios e, até por conceitos que vimos nas escolas, museus e filmes, se define castelo através dessa linguagem”, destaca Pedó.
O arquiteto afirma que a loja precisava ser bem iluminada, para não causar medo nas crianças, e leve, para que os consumidores se sentissem confortáveis para passar horas no ambiente.
O projeto iniciou com uma pesquisa sobre a estética de castelos medievais. Com essa busca, se reafirmou que arcos e elementos grandiosos estão sempre presentes, por isso o principal móvel expositor é composto por arcos, que já fazem parte da estética da Caracol Chocolates.
As 32 janelas presentes no projeto são também parte da iluminação. Para esconder a lâmpada, fez-se um vitrô colorido, em acrílico. “Os elementos redondos e altos são como se fossem os pilares de um castelo e ajudam a preencher o ambiente, assim como aos bandeirões com brasão, que em filmes e séries costumam ter o símbolo da família real que vive ali”.
Para permanecer na temática, o branco não foi utilizado, e sim o bege, que se alinha à cor da marca e do chocolate. Couro preto e madeira escura, bem como cortinas vermelhas, presentes em castelos, também fizeram parte da linguagem do projeto.
Pedó ainda buscou evitar iluminação exposta, já que, segundo ele, em um castelo, isso não seria presente. A iluminação vem das prateleiras, da sanca de gesso no alto, fora da percepção direta do visitante e das janelas com vitrô.
“Espelhos eram sinal de nobreza e luxo e utilizamos em um ponto estratégico: ao adentrar pela porta, o cliente não vê toda a extensão da loja, mas a percebe pelos espelhos, cuidadosamente posicionados”. A ideia é que o cliente contemple, já na entrada, tudo o que vai encontrar na loja.