O futebol sempre foi um refúgio, um momento de descontração para esquecer os desafios do dia a dia. No entanto, a violência nos campos tem se tornado um problema cada vez mais recorrente. O caso do árbitro auxiliar Celso Gehn, agredido após uma partida em Chapada, é mais um triste exemplo de como o espírito esportivo vem sendo deturpado.
O jogo, que deveria ser um espaço de lazer e respeito, as vezes é marcado pela intolerância de torcedores e dirigentes que não sabem lidar com a derrota. Agredir um árbitro, uma pessoa que está ali para garantir o andamento da partida – é um ato covarde e vergonhoso. Não há justificativa para transformar um momento de competição em um cenário de agressão.
Infelizmente, esse tipo de comportamento não é novidade. Casos de violência contra árbitros, jogadores e até torcedores se repetem em campeonatos amadores, e isso reflete um problema maior: a falta de respeito e de limites dentro e fora de campo. Muitas vezes, o futebol amador é visto como um reflexo das paixões do profissional, mas sem a estrutura e o controle necessários para coibir excessos. O que deveria ser uma válvula de escape para o stress diário vira um palco para agressões gratuitas.
A punição aos envolvidos no caso de Chapada é um passo importante, mas não basta apenas eliminar um time ou punir jogadores individualmente. É preciso um trabalho mais amplo de conscientização, com campanhas educativas e medidas rígidas para coibir esse tipo de comportamento antes que se torne ainda mais frequente. Se não houver uma mudança de mentalidade, os campos de futebol continuarão como palco de cenas lamentáveis, como as vistas no domingo.
O esporte deve ser um ambiente de respeito e diversão, e não um espaço onde a frustração se converte em violência. Se não houver um basta, corremos o risco de perder o verdadeiro sentido do futebol amador: o de unir as pessoas, comunidades e proporcionar momentos de alegria.
Exemplo para o Vale
O Municipal de Bom Retiro do Sul inovou ao transformar punições em solidariedade. Agora, cada cartão amarelo obriga o atleta a doar dois quilos de alimento não perecível, enquanto o vermelho exige a entrega de quatro quilos. Os donativos serão encaminhados ao Cras, que fará a distribuição para famílias carentes. A medida busca conscientizar os jogadores sobre disciplina e, ao mesmo tempo, incentivar a empatia e o senso de responsabilidade social. O esporte, além da competição, ganha um propósito maior: promover união e solidariedade. Que a iniciativa de Bom Retiro do Sul sirva de exemplo para outras comunidades.
Mercado da Bola
- Multicampeão por onde passou, o atacante Dadá será a referência do Lesionados, time formado por jovens atletas de Bom Retiro do Sul;
- O Grêmio, da Beira do Rio, buscou reforços para o ataque. A equipe inscreveu Ceará, Padilha e Tanque para buscar o título que não vem desde 2011;
- Campeã em 2010, a Aecosajo inscreveu o experiente Roque Heckler e o jovem Gão;
- Josué Almeida e Marquinhos Guevedi defenderão as cores do Guarani no municipal de Lajeado;
- O zagueiro Teco, mais os atacantes João Moura e Teteu acertaram com o Internacional, do Bairro Conservas, para disputa do municipal de Lajeado;
- O goleiro Vini Parise, mais os atacantes Lilo e Murilo Corbellini ficharam no São José, para disputa do municipal de Lajeado.