“Temos que achar um modelo de pedágio também sem precedentes”, diz presidente da Federasul

RODOVIAS DO BLOCO 2

“Temos que achar um modelo de pedágio também sem precedentes”, diz presidente da Federasul

Governo modificou o projeto de concessão, mas ainda não contentou a região. Proposta é contrato de 30 anos para 414,9 quilômetros de melhorias no Vale

“Temos que achar um modelo de pedágio também sem precedentes”, diz presidente da Federasul
Crédito: Lucas Leandro Brune
Vale do Taquari

A Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul) promoveu um encontro com diversas entidades regionais para avaliar as propostas de concessão de pedágios para as rodovias do bloco 2. O presidente da entidade, Rodrigo Sousa Costa, conduziu a discussão, que teve como objetivo analisar os dados técnicos e as necessidades de investimento nas rodovias, buscando um modelo que atenda ao interesse público.

Durante a reunião, foram avaliados os dados técnicos, indicadores de fluxo e ocupação das rodovias, além das necessidades de investimento. Costa destacou que, embora a Federasul seja favorável a concessões como ferramenta para o desenvolvimento regional, o modelo proposto para o bloco dois apresenta pontos críticos.

“Está mais do que na hora de se debater isso, porque o Vale do Taquari sofreu muito com uma tragédia climática, o estado inteiro sofreu. É uma é uma situação sem precedentes e nós temos que achar um modelo de pedágio, para construção da infraestrutura do estado, também sem precedentes. E não faz sentido que o governo estadual se livre da despesa da manutenção de uma rodovia estadual e aí repasse todo o custo do pedágio”, afirma Costa.

A alta taxa de juros também foi um ponto de preocupação, impactando o custo financeiro das obras. Costa sugere rediscutir quais obras são prioritárias e quais podem ser postergadas. Houve consenso em relação ao sistema free flow, tecnologia que pode reduzir custos e tornar a cobrança mais justa, onde “as pessoas paguem apenas aquilo que ela use”. No entanto, é preciso que o sistema seja implementado de forma correta e diluída em vários pontos para evitar distorções.

Costa criticou o fato de que o governo não está repassando toda a vantagem competitiva da concessão para o usuário, priorizando o uso de recursos do Funrigs em vez de buscar a menor tarifa. “A empresa que ganhar vai ter que usar menos recursos do Funrigs, que é o fundo para obras do governo estadual, não é empresa que apresentar a menor tarifa. Isso é um erro para nós caso”, disse.

Após a análise técnica, a Federasul planeja levar o debate para a Assembleia Legislativa, envolvendo deputados estaduais e o governo. O objetivo é apresentar as preocupações, propostas e buscar um modelo convergente que beneficie o interesse público e o desenvolvimento do estado.

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