Depois de encerrar 2024 com saldo positivo e uma desaceleração no mês derradeiro, 2025 começa com mais admissões do que desligamentos no mercado de trabalho regional. Os dados da geração de oportunidades formais no país foram apresentados ontem, pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
A primeira divulgação do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) aponta que, no Vale, foram abertos 411 novos postos de trabalho em janeiro, fruto de 5,8 mil contratações e 5,4 mil demissões. É o melhor resultado desde outubro do ano passado, quando foram criados 453 empregos formais.
Maior cidade da região, Lajeado impulsionou o saldo positivo em janeiro, com a abertura de 216 novos postos. Os setores da indústria e dos serviços tiveram grande contribuição com o desempenho local, enquanto o comércio, um dos mais representativos no município, registrou mais fechamentos de vagas.
Na sequência, se destacam Estrela e Encantado, que abriram 69 e 65 postos de trabalho, respectivamente. Ambas também tiveram os setores da indústria e dos serviços com destaque na geração de empregos neste começo de ano. Bom Retiro do Sul (52) e Arroio do Meio (36) completam a lista dos cinco melhores resultados regionais.
Dificuldade
Líder na geração de empregos formais em 2024 na região, Teutônia puxa a lista dos piores desempenhos em janeiro, com 60 vagas de trabalho fechadas. O setor da indústria, essencial no ano passado, desta vez abriu o ano 105 demissões a mais do que contratações, enquanto comércio e serviços apresentaram saldo positivo.
Santa Clara do Sul (30), Roca Sales (26), Taquari (24) e Muçum (16) aparecem na sequência. Outras cinco cidades da região encerraram o primeiro mês de 2025 com saldo negativo, segundo os dados do Caged.
Retomada
Segundo a economista e presidente do Conselho de Desenvolvimento do Vale do Taquari (Codevat), Cintia Agostini, esse movimento de maior abertura de vagas de emprego em janeiro reflete a resiliência das empresas da região, que buscaram alternativas para manter seus negócios e ampliar contratações após as dificuldades ocorridas em 2024.
“As empresas não ficaram esperando. Foram atrás de soluções para garantir a continuidade dos negócios”, destaca. O setor habitacional, lembra ela, tem papel fundamental na retomada econômica, pois estimula diferentes setores e impulsiona investimentos. “A construção civil mobiliza vários elos da cadeia produtiva, gerando empregos diretos e indiretos”, explica.
Com obras e novos investimentos privados previstos, a expectativa para 2025 é positiva, apesar do desafio da qualificação da mão de obra. “O cenário indica um ano promissor na geração de emprego e renda na região”, pontua.
