Com quase 32 anos de atuação na Sicredi Integração RS/MG, Luiz Mário Leite Berbigier busca agora a presidência da cooperativa. Atual vice-presidente, ele lidera a chapa 2 na disputa contra Adilson Carlos Metz, com quem dividiu a gestão nos últimos anos. A eleição, que ocorre após mais de uma década sem concorrência, mobiliza os mais de 100 mil associados.
Em entrevista ao programa A Hora Bom Dia nesta terça-feira, 25, Berbigier ressaltou a importância da renovação na governança e da ampliação do debate sobre o futuro da instituição. “A cooperativa cresceu muito nos últimos anos, e acredito que vivemos um momento propício para novas lideranças. Sempre defendi que fosse conduzida com transparência e participação ativa dos associados”, afirmou o economista.
Sobre o modelo de gestão da Sicredi, Berbigier destacou o trabalho coletivo na tomada de decisões. “Quando se fala em governança, temos um grupo de associados, conselheiros, coordenadores e colaboradores que participam desse processo. Todos devem estar envolvidos para que a cooperativa continue tomando as melhores decisões”, pontuou.
A experiência acumulada ao longo dos anos também foi mencionada como um diferencial. “Temos uma história que começou em 1993, quando retomamos a cooperativa em um momento difícil. Desde então, buscamos fortalecer essa relação de proximidade com o associado. Esse sempre foi um dos nossos princípios e queremos manter essa conexão, oferecendo soluções e atendendo às necessidades da nossa região”, ressaltou.
Ruptura e modelo de gestão
O rompimento da antiga parceria com Metz foi um dos temas abordados na entrevista. Berbigier minimizou desentendimentos e reforçou que a divisão ocorreu por visões diferentes de gestão. “Cada um tem um projeto e uma forma de conduzir a cooperativa. Conversei com associados e conselheiros e entendi que era o momento de buscar uma alternativa para contribuir ainda mais com a empresa”, explicou.
Outro ponto discutido foi a possível remuneração dos coordenadores de núcleos, questão levantada durante a campanha. Berbigier foi categórico ao afirmar que a prática não está prevista na atual legislação. “O Banco Central não autoriza essa remuneração. Se houver uma mudança na lei, podemos avaliar, mas, no momento, isso não está em discussão.”
A entrevista com Adilson Carlos Metz está prevista para esta quarta-feira, 26, no A Hora Bom Dia.