A medicina entrou na vida do cardiologista Marcos Annes Henriques ainda na infância, quando o avô, ex-auxiliar de enfermagem na Segunda Guerra Mundial, compartilhava histórias sobre pacientes. O interesse pela área cresceu, mas a decisão pela cardiologia veio mais tarde, durante a graduação na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
“Os casos cardiológicos sempre me chamavam a atenção. Gostava das discussões, dos exames e do desafio técnico. Com o tempo, percebi que talvez tivesse vocação para essa área. Algumas professoras e colegas já diziam que eu ia ser cardiologista”, lembra Henriques.
Após se formar em 2006, iniciou residência em clínica médica no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Depois de dois anos, passou um período no exército como médico em Uruguaiana, onde conheceu sua esposa. Em seguida, voltou para Porto Alegre e completou a residência em Cardiologia. Para aprofundar ainda mais sua formação, especializou-se também em Ecocardiografia. “Escolhi uma terceira especialização porque sabia que esse exame me daria mais recursos para atuar em qualquer cidade onde fosse trabalhar”, explica.
Com o fim da residência, começou a buscar um lugar para construir a trajetória profissional. Queria uma cidade com bons recursos na área da saúde, tecnologia avançada e oportunidades para crescer. Foi assim que começou a fazer plantões em diferentes hospitais até conhecer Lajeado.
“Aqui sempre houve cirurgias cardíacas, o que não é comum em qualquer cidade do interior. Comecei a dar suporte na UTI para pacientes que passavam pelos procedimentos e, aos poucos, fui conhecendo melhor o hospital e o corpo clínico”, conta. O vínculo com a cidade foi se fortalecendo até que recebeu um convite formal para se estabelecer no Hospital Bruno Born. “O melhor marketing é o nosso próprio trabalho”, afirma.
Hoje, além de atuar na área clínica e diagnóstica, Henriques busca que seus pacientes tenham um papel ativo no próprio cuidado. “Faço questão de que eles entendam a importância do tratamento e das mudanças no estilo de vida. A tecnologia avançou muito, mas a figura do médico continua insubstituível”, conclui.