Empresários, representantes de entidades, professores e comunidade escolar participaram nesta noite, 24, de um importante momento de construção do futuro curso Técnico em Alimentos, dentro da proposta de fortalecer o setor leiteiro. Detalhes do projeto e do andamento do processo foram apresentados durante a atividade.
Viabilizado numa parceria entre a instituição e a 3ª Coordenadoria Regional de Educação (3ª CRE), o curso teve sua base curricular estruturada a partir do Catálogo Nacional de Cursos Técnicos, bem como do diálogo com profissionais e empresas do setor de alimentos. O escopo da base curricular foi apresentado durante a atividade.
A ideia é de que as aulas da primeira turma iniciem em agosto. Num primeiro momento, serão ofertadas 20 vagas. A Eeepe deve sediar as aulas teóricas do curso técnico. Há possibilidade de parceria com empresas para cedência de espaços e também de equipamentos para a parte prática.
“A base curricular e as qualificações previstas seguem o que é determinado pelo catálogo nacional de cursos técnicos. Os conteúdos abordarão a legislação, industrialização de leites e derivados, de carnes e derivados, de vegetais e derivados, bem como tecnologia e pesquisa”, salienta a coordenadora regional, Greicy Weschenfelder.
Próximos passos
Segundo Greicy, passada a etapa de construção e análise da base curricular, o projeto do curso técnico será encaminhado à 3ª CRE, Superintendência da Educação Profissional do Estado (Suepro) e, por fim, ao Conselho Estadual de Educação.
“Aprovado o credenciamento e autorização de funcionamento da oferta do curso pelo Conselho Estadual, ainda neste semestre, poderemos abrir uma turma para o segundo semestre desse ano”, projeta a coordenadora regional. A duração do curso está estimada em um ano e meio.
Dois anos
A implantação de uma qualificação voltada a este ramo no Vale do Taquari surgiu há cerca de dois anos com o objetivo de sanar a escassez de mão de obra sobretudo no setor leiteiro e também com a proposta de diversificar produtos lácteos. O projeto com foco na cadeia leiteira é pioneiro no estado.
A atual prefeita de Estrela, Carine Schwingel, à época secretária municipal de Desenvolvimento, Inovação e Sustentabilidade, foi a responsável por levar o projeto adiante, apresentando-o ao Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS).
Segundo Carine, trata-se de uma iniciativa de execução regional, com disponibilidade da qualificação a moradores de outros municípios. “Ficamos muito felizes do Estado ter percebido da necessidade dessa pauta. Porque, quando falamos em necessidade de qualificação, precisamos transformar isso em resultado, em ação”, comenta.
A prefeita ressaltou também o papel do município, em ser um “fomentador” de assuntos que são importantes ao desenvolvimento do município. “Queremos sempre ser parceiros. Não precisamos estar a frente dos projetos, e sim estar ao lado da comunidade para que efetivamente saiam do papel.”