O vereador Flávio Bruch, conhecido como “Bronquinha”, de Marques de Souza, virou notícia após declarações polêmicas dirigidas ao governador do Rio Grande do Sul e ao presidente Lula. As falas do parlamentar, que extrapolaram o tom de crítica política ao incluir ofensas pessoais e comentários de cunho sexual, geraram reações negativas entre colegas da Câmara Municipal e parte significativa da população. Embora alguns apoiadores tenham manifestado solidariedade ao vereador, a postura adotada por Bruch reacende o debate sobre os limites da liberdade de expressão no exercício do mandato parlamentar. O direito de cobrar, fiscalizar e até mesmo adotar um tom mais contundente é legítimo em uma democracia, mas a utilização de ofensas pessoais, especialmente relacionadas à vida privada das autoridades, levanta questionamentos sobre a conduta ética esperada de um representante eleito.
No caso do governador do Rio Grande do Sul, que é assumidamente homossexual e mantém um relacionamento público, a orientação sexual não tem qualquer relação com suas responsabilidades políticas ou administrativas. Em relação ao presidente Lula, sendo a maior autoridade do país, independentemente de concordância ou discordância em relação a suas políticas, o cargo merece respeito institucional. O uso de palavras de baixo calão para se referir ao chefe do Executivo federal não apenas compromete a imagem do próprio vereador, mas também enfraquece a civilidade no discurso político. Esse episódio em Marques de Souza evidencia os riscos de se ultrapassar os limites do decoro parlamentar.
Cogitações
As articulações políticas para as eleições de 2026 já começam a movimentar o cenário no Vale do Taquari. Entre as especulações, dois nomes ligados ao PSDB e ao PSD surgem como possíveis candidatos a deputado estadual. Um deles é de Everton Pacheco, atualmente lotado no gabinete do governador. Natural de Taquari, Pacheco é articulador junto aos municípios do interior. Filiado ao PSDB, seu nome vem sendo cogitado para disputar uma vaga na Assembleia, principalmente diante da possibilidade de Jonatan Broenstrup, ex-prefeito e ex-candidato a deputado, não concorrer em 2026.
Outro nome cogitado é do professor Gustavo Arossi – na foto com a ex-senadora Ana Amélia Lemos e a presidente do PSD/RS Letícia Boll – atual secretário de Educação de Anta Gorda. Arossi, que já lecionou em escolas de Lajeado, ocupa o cargo de secretário desde o mandato anterior e foi mantido na função na atual gestão. Natural de Anta Gorda, ele é visto como uma possível aposta do PSD para representar a região na Assembleia Legislativa.
No páreo
Mateus Trojan, prefeito reeleito de Muçum, tem a simpatia e afinidade dentro do MDB e seu nome está sendo especulado para concorrer a deputado estadual em 2026. Líder de um dos municípios mais castigados pelas enchentes, o jovem prefeito, tem mostrado resiliência e capacidade para reconstruir. Para a região alta, seu perfil de liderança e aglutinação são considerados ideais para almejar o cargo.
Menos R$ 3 milhões
Os reflexos da enchente de maio do ano passado ainda são sentidos em Estrela. E serão por um longo período. De acordo com estimativas da Prefeitura, cerca de 4 mil imóveis localizados em áreas atingidas pela inundação terão descontos de até 75% no IPTU em 2025. Além disso, os danos causados pela catástrofe resultaram na baixa de aproximadamente 800 casas no cadastro imobiliário do município – residências que foram destruídas por completo pela força das águas e já não existem mais. Com as isenções e as perdas no cadastro, a Prefeitura prevê uma queda de arrecadação em torno de R$ 3 milhões no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) neste ano.