O plano de concessão das rodovias do Vale do Taquari foi pauta de audiência pública nesta terça-feira, 18, em Encantado. A iniciativa da Câmara de Vereadores buscou detalhar o cronograma e os projetos de obras (trechos de duplicação, acostamentos, vias laterais, rótulas e passarelas) que abrangem as rodovias que cruzam o território encantadense, além dos impactos financeiros com a implantação da cobrança de pedágio pelo sistema free-flow.
O prefeito de Encantado, Jonas Calvi (PSDB), avaliou que houve avanços no projeto em relação à proposta anterior de 2022 e lembrou que a comunidade busca um modelo justo. “Ninguém gosta de pagar o pedágio. A concessão está aí. São várias obras. Se tem alguém que foi penalizado é Encantado e região alta. Não venham se usar de Encantado e fazer demagogia política. Há mais de 25 anos pagamos. Se é pra ter a concessão que seja com um modelo justo”, disse. “Temos que encontrar um caminho para reduzir a tarifa. Precisamos ter um aporte financeiro maior do governo do Estado”.
O empresário Adelar Steffler, presidente da Vale Log, defendeu o modelo free-flow como o mais justo, pois o usuário pagará pelo trajeto percorrido. “O pedágio está aí, não tem volta. Temos que pensar na maioria”, comentou. “A Vale Log é a favor do pedágio justo, que nos ofereça fluidez, segurança e economia”.
Presidente do Conselho de Administração da Dália, Gilberto Piccinini, defendeu um modelo de pedágio que garanta tarifa justa e que dê retorno com estradas seguras e mais rápidas.
O público também teve espaço para se manifestar. Morador de Vespasiano Correa, Loivo Dachery disse ser contra a cobrança de pedágio, criticou os prefeitos do Vale do Taquari e pediu pressão política contra os deputados para revogar a lei estadual das concessões.
Diversas lideranças políticas e empresariais da região lotaram a sede do Legislativo, entre elas, o presidente da Amat, Mateus Trojan. a presidente da ACI-E, Raquel Cadore, e a presidente da Avat, Daiane Maria.