Esquema de emendas é prática antiga e sistêmica

Opinião

Fabiano Conte

Fabiano Conte

Jornalista e Radialista

Esquema de emendas é prática antiga e sistêmica

A operação deflagrada esta semana pela Polícia Federal, que revelou um esquema de cobrança de propina para a liberação de emendas parlamentares, não surpreende quem acompanha de perto a política brasileira. O caso não é um fato isolado, mas sim mais um capítulo de uma prática enraizada no sistema político do país.

Historicamente, as emendas parlamentares têm sido usadas como moeda de troca no jogo político, direcionadas não apenas para atender demandas da população, mas também para garantir apoio e influência. A forma como essas verbas são distribuídas abre brechas para desvios e esquemas de corrupção, favorecendo grupos específicos e enfraquecendo a transparência na destinação dos recursos públicos. O caso revelado pela PF apenas reforça que, enquanto esse sistema não for revisto, esquemas de corrupção continuarão a surgir.

Sensação de impunidade

O Brasil tem perdido posições no ranking mundial da corrupção, reforçando a percepção de que o problema não só persiste, como se agrava. Dados recentes apontam um retrocesso nos indicadores de transparência e controle da corrupção. Se há a sensação de que a corrupção continua forte, é porque ela de fato existe e segue sem punições exemplares. Casos frequentes de desvios de recursos, fraudes e escândalos envolvendo políticos e empresários aumentam a desconfiança da população e desmotivam quem luta por um país mais justo. Enquanto mecanismos de fiscalização não forem fortalecidos e punições aplicadas com rigor, a corrupção seguirá corroendo o desenvolvimento do Brasil e comprometendo a credibilidade das instituições.

Resistência dos prefeitos

A concessão do bloco 2 das rodovias gaúchas encontra resistência dos prefeitos e de suas associações na região Norte e Vale do Taquari. Pedem maior aporte do Estado e mais prazo. Temem impacto no preço dos pedágios. O prazo de discussão e possibilidades de mudanças vai até 21 deste mês. Os prefeitos querem mais tempo para debater o tema.

O pedágio no transporte

Adelar Steffler, presidente da Valelog e da Acisam, além de vice-presidente da CIC-VT, revelou que entre 2018 e 2024, a Valelog pagou R$ 370 mil em pedágios apenas na Praça de Encantado. Ele defende o modelo free flow, que dispensa paradas em praças de pedágio e permite pagamento digital, e acredita que representará menos custo para o setor.

Ratinho no páreo

O governador do Paraná Ratinho Jr., do PSD, almeja a presidência da República. Conta com uma popularidade alta pelo governo que faz em seu estado, em segundo mandato, com 80% de aprovação. Conta com apoio do pai Ratinho, apresentador do SBT, e espera pelo avala do ex-presidente Bolsonaro, se este não concorrer.

Eles voltaram

De Norte a Sul, turistas argentinos estão movimentando a rede hoteleira e o setor turístico brasileiro neste verão. Com o real desvalorizado, o Brasil se tornou um destino barato para os vizinhos, que aproveitam para consumir e viajar mais por aqui.

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