Repercute a fala do vereador de Marques de Souza, Flávio Bruch (Republicanos). Na sessão realizada na última sexta-feira, 14 ele afirmou que o governador tem “mãozinha virada” e chamou o presidente Lula de canalha.
Após a manifestação, a Associação dos Vereadores do Vale do Taquari se posicionou em relação ao caso. “O poder legislativo e o vereador possuem tantas demandas e atribuições no seu município, no Vale e na reconstrução do nosso Estado, que entrar na vida pessoal é algo desnecessário”, destaca a nota enviada pela presidente da associação e vereadora em Cruzeiro do Sul, Daiani Maria (MDB).
Nota na íntegra
Entendendo que atitudes, palavras e ações de caráter pessoal, preconceituoso e até mesmo calunioso não condizem com os valores da AVAT e de qualquer atividade parlamentar, esse tipo de postura deve ser reprimido e tratado como um episódio isolado.
O momento é de unir forças em prol da reconstrução do Vale e fazer valer a cadeira à qual se ocupa, pois há questões muito mais urgentes e relevantes para serem debatidas, que não a esfera pessoal de qualquer pessoa.
Entenda
Declarações de Bruch repercutiram após a circulação e publicação dos pronunciamentos. O vereador se direcionou ao governador Eduardo Leite e também ao presidente da República. Em sessões anteriores, o vereador também abordou assuntos pessoais, como o fato de o filho ter votado em Leite.
“O governo do estado é um desastre, xinguei meu rapaz, o voto é livre, mas xinguei ele. Falei se não tinha vergonha. Todo mundo fala bonito. Se quiser votar em beleza, eu voto em mulher.”
Eleito em 2024 com 184 votos, Flávio Bruch já havia sido alvo de polêmicas no passado. Em 2010, foi cassado por quebra de decoro parlamentar após chamar o então secretário de Obras, Carlos Castro, de “chifrudo”.
Vereador chamou Leite de “mãozinha virada” e Lula de canalha
Consequências
Diante das recentes declarações, o presidente da Câmara Municipal, Rodrigo Wommer (PP), preferiu não se manifestar sobre o caso. O assessor jurídico da Câmara, Fábio Gisch, deixou claro que há possibilidade de cassação do mandato de Bruch, caso seja formalizado um pedido nesse sentido. “Se houver o pedido de alguém e o processo for aprovado, a mesa diretora avaliará e poderá abrir o processo, como já ocorreu no passado”, afirmou.