Tecnologia preenche apagão profissional

MERCADO DE TRABALHO

Tecnologia preenche apagão profissional

Na região, principais redes supermercadistas aderiram às tecnologias de autoatendimento para suprir escassez de trabalhadores e garantir experiência positiva aos clientes

Tecnologia preenche apagão profissional
Caixas eletrônicos nos supermercados geram agilidade e praticidade aos consumidores. (Foto: Bibiana Faleiro)
Lajeado

Agilidade, praticidade e alternativa à falta de mão de obra na região. Esses são alguns dos principais motivos que incentivam empresas do Vale a aderirem aos serviços automatizados, como os caixas de autoatendimento. O modelo é tendência, em especial, nos supermercados, e ainda traz benefícios aos clientes e empresários.

Em Lajeado, o primeiro supermercado a instalar os terminais eletrônicos foi do Grupo Imec, a partir de fevereiro de 2019. O objetivo era oferecer uma alternativa rápida e eficiente no processo de pagamento das compras dos clientes, seguindo o desejo dos próprios consumidores.

A tecnologia complementou o modelo tradicional dos caixas, e se tornou uma ferramenta para dar apoio e suprir a demanda em momentos de maior fluxo de clientes. CEO do Grupo Imec, Fabiano Pivotto afirma que esta também foi uma alternativa que melhorou a experiência de compras. Segundo ele, a adesão dos consumidores ocorre, em especial, em compras de menor volume de mercadorias. Os caixas de autoatendimento ainda permitem maior quantidade de terminais em menor espaço físico.

Hoje, todos os supermercados Imec possuem os equipamentos e, na loja do Centro, os caixas vão aumentar de quatro para oito unidades, diminuindo um dos tradicionais. Segundo Pivotto, a empresa amplia o serviço após perceber maior demanda na utilização desse modelo. A evolução das formas de pagamento para o PIX e cartões com aproximação também facilitam a utilização dos terminais de autoatendimento. Além de ser uma necessidade em razão da escassez de pessoas disponíveis para preencher todas as vagas abertas na instituição.

Desafios na contratação

No supermercado Passarela, no Shopping Lajeado, a demanda também foi percebida, mas o movimento é mais recente. A loja recebeu os caixas de autoatendimento em setembro do ano passado.

Gerente regional da empresa, Leonardo Bertozzi também ressalta a escassez de mão de obra na região como um impulsionador para a adesão do modelo, principalmente nos supermercados. “Para a empresa também há benefícios, como a diminuição dos custos operacionais e a otimização de espaço.”

Ele ainda cita outros exemplos da aplicação dessa tecnologia, como na área de hortifruti, em que o cliente escolhe seus produtos e o mesmo é pesado diretamente nos caixas eletrônicos.

“Pela dificuldade na mão de obra, a gente tem colocado cada vez mais o autoatendimento na frente de caixa. Isso é uma tendência nas novas lojas. E as próprias lojas que já existem também estão migrando”, reforça o presidente do Grupo Passarela, Alexandre Simioni.

Ele diz que a demanda por profissionais é grande e esse modelo de atendimento também será visto em padarias e açougues dentro dos supermercados.

Adaptação

O modelo de autoatendimento tem sido aprovado pelos clientes, independente da faixa etária. Maria Luiza Ilha Heemann, 19, é um exemplo. Ela costuma ir com frequência ao supermercado, fazer compras de menor volume, e o caixa eletrônico é sempre a opção procurada na hora do pagamento. “É por uma questão de praticidade. Hoje em dia, todo mundo quer fazer tudo muito rápido”.

A agilidade e praticidade também são fatores que fazem o aposentado Paulo Padilha, 62, utilizar o serviço. Ele abandonou as compras mensais nos supermercados e costuma acompanhar as promoções do dia para fazer as compras necessárias. Na maior parte dos dias, o caixa de autoatendimento é utilizado. “Para mim é mais prático, e não preciso mais enfrentar filas”, argumenta.

Demanda agilizada

Na Rede Super, de Lajeado, os caixas de autoatendimento são realidade desde 2023. De acordo com o gerente Pedro Cassana, no começo da operação, alguns clientes tinham alguma resistência na utilização dos equipamentos. Hoje, no entanto, a maioria dos que pagam com cartão de crédito ou débito, com menos produtos na cestinha, preferem a agilidade do serviço.

Cassana destaca a carência de mão de obra no setor supermercadista em todas a região e afirma que a tecnologia serviu para suprir uma demanda. Por outro lado, percebe que o atendimento personalizado ainda é o preferido pela maioria dos clientes. Além dos supermercados, lojas do varejo também aderem ao modelo, assim como setor de hotelaria e restaurantes. Entre as barreiras, está a percepção de risco de deixar o consumidor executar a transação por conta própria, bem como a falta de infraestrutura.

Como funciona

  • O cliente coloca a cesta de compras no terminal
  • Depois, o sistema escaneia os códigos de barras dos produtos
  • É solicitado que o cliente confira os dados da compra
  • O próximo passo é escolher a forma de pagamento
  • É emitida a Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica

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