As duas primeiras etapas do projeto de elaboração dos Planos Diretores de Desenvolvimento Urbano (PDDUs) de cidades do Vale atingidas pelas cheias foram entregues. As equipes já apresentaram aos municípios, o zoneamento de áreas de risco e as diretrizes preliminares de ocupação prioritária. Uma das primeiras apresentações do estudo ocorreu nesta semana, em Arroio do Meio.
A iniciativa faz parte de um contrato do Governo do Estado, por meio da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedur), firmado com Univates em junho de 2024, que prevê a construção e revisão dos Planos Diretores dos municípios de Arroio do Meio, Colinas, Cruzeiro do Sul, Encantado, Estrela, Muçum e Roca Sales. O investimento total do Governo do Estado é de R$ 3,1 milhões.
O trabalho concluído até o momento foi um mapeamento das áreas suscetíveis à inundações e movimentos de massa, possibilitando uma compreensão técnica das vulnerabilidades do território, também chamado de zoneamento de áreas de risco.
Já as diretrizes preliminares de ocupação prioritária orientam de forma emergencial como os municípios podem organizar seus espaços urbanos, definindo áreas seguras para habitação, infraestrutura e atividades econômicas. Segundo o coordenador geral do projeto, arquiteto e urbanista Marcelo Arioli Heck, essas diretrizes buscam equilibrar o desenvolvimento urbano com a segurança da população, garantindo maior resiliência para os municípios afetados.
No caso de Arroio do Meio, os estudos até o momento apontaram as áreas de arraste, áreas de inundações e áreas de riscos geológicos. O mapa apresentado apontou as áreas de maior risco em comunidades do Passo do Corvo, Cascalheira, Palmas, grande parte do centro e Barra da Forqueta.
“Em Arroio do Meio, verifica-se a existência de diversas áreas com alta aptidão à urbanização, áreas que não apresentam risco de inundações ou movimentos de massa e, além disso, proporcionam um crescimento ordenado da cidade”, reforça.
Segundo o profissional, esse tipo de análise foi desenvolvida para os sete municípios estudados, seguindo a mesma metodologia.
Os próximos passos do estudo envolvem propostas urbanísticas mais detalhadas, além de planos setoriais, com estratégias para tornar as cidades mais seguras, resilientes e sustentáveis.