“Mais do que crescer, Teutônia quer se desenvolver”

DESENVOLVIMENTO LOCAL

“Mais do que crescer, Teutônia quer se desenvolver”

Segunda maior economia do Vale do Taquari conquista espaço de destaque nos debates da região. Objetivo é promover políticas públicas que atendam as demandas criadas pelo crescimento

“Mais do que crescer, Teutônia quer se desenvolver”
Teutônia amplia representatividade regional e se consolida como segundo maior município do Vale
Teutônia

A geografia foi fator de impulso às migrações que tiveram Teutônia como destino. Nos últimos meses, dezenas de empresas e milhares de pessoas escolheram a cidade germânica para investir e viver. Longe de grandes inundações e perto de rodovias estratégicas, o município percebe aumento na arrecadação e nos desafios que o crescimento gera. Ao 45º dia de gestão, prefeito Renato Airton Altmann afirma que o desafio é promover políticas públicas de qualidade, que impulsionem mais do que o crescimento: proporcionem o desenvolvimento – da cidade e da microrregião.

Altmann volta a ocupar a chefia do Executivo depois de oito anos. Gestor pelo mesmo período de tempo, entre 2009 e 2016, retoma o debate sobre a reestruturação da ERS-128, que surgiu na década anterior com o slogan “Duplica Via Láctea”. Obra proposta pelo Plano de Concessão deve causar mudanças significativas na mobilidade urbana do município e por isso é fortemente debatida. “Na gestão anterior realizamos obras históricas, que mostraram sua relevância, mas agora não são mais suficientes. Isso é fruto do crescimento do município”, comenta. E o título de cidade promissora exige o debate.

“Na época da emancipação, a característica urbana era rua de 10 metros de largura e calçadas de 1,5 metro”, mas a visão de futuro atual projeta obras rebuscadas, que não causem problemas agora e atendam as demandas do futuro. “Precisamos de rotas alternativas [municipais] e vias laterais para a Via Láctea, para não engessar o tráfego interno. O que nós estamos pedindo [no projeto do Plano de Concessão] não são investimentos tão altos, muito menos absurdos. São plausíveis, justos, entendendo todo contexto estratégico desta rodovia”, defende o prefeito.

Líderes em destaque no Vale

Teutônia tem liderado o debate sobre a mobilidade urbana da microrregião e também está à frente do movimento que busca pela implantação da UTI do Hospital Ouro Branco. Líderes como o prefeito Renato Airton Altmann e o presidente do Legislativo, Luias Henrique Wermann, expandem o alcance dos pleitos, colocando em destaque no Vale as demandas do G8. “É importante termos essa representatividade”, afirma o chefe do executivo.

Altmann foi escolhido presidente do G8 – formado por Teutônia, Westfália, Imigrante, Colinas, Boa Vista do Sul, Poço das Antas, Paverama e Fazenda Vilanova – e é vice-presidente da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat). O chefe do legislativo foi eleito vice-presidente da Associação dos Vereadores do Vale do Taquari (Avat) e lidera o movimento para criação do G8 das Câmaras de Vereadores. Articulações devem fortalecer a busca pelas demandas.

“São cerca de 60 mil habitantes na nossa microrregião. Nossos municípios têm demandas importantíssimas. Pensando em todo o Vale, qual seria o debate sobre a Via Láctea e sobre a UTI? É momento de nos unirmos como microrregião. Não vai haver nenhum tipo de rompimento com a Amvat”, comenta Altmann, que afirma levar as reivindicações para a Amvat.

Renato Airton Altmann, prefeito de Teutônia

Grandes desafios

A crescente demanda local e as imigrações evidenciaram desafios de saúde e educação. A solução, segundo Altmann, é analisar a gestão e fazer com que sobrem mais recursos “na ponta final”. “Um erro é investir demais em infraestrutura. Não é só construir. Precisa equipar, precisa de profissionais para trabalhar. Isso faz a máquina pública inchar e causa a falta de recurso no final. Falta creche, falta exame”.

Em busca de solução, administração avalia criação de vagas junto às escolas já existentes, com reestruturação. Na contramão dos números das filas de esperas de saúde e educação, Teutônia enfrenta falta de mão de obra. “Existe algum dado que não bate, no número de pessoas vindas a Teutônia. Se vieram 2 ou 3 mil pessoas, onde elas estão? Não vemos isso no mercado de trabalho”, pontua.

O desafio é grande, segundo Altmann. “Mensuramos o desenvolvimento de um município pela qualidade da política pública que é oferecida. Nós queremos crescer com organização”, afirma.

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