“Conheci muitos lugares por meio da dança”

ABRE ASPAS

“Conheci muitos lugares por meio da dança”

Natural de Taquari, Jefferson Brandão, 35, é bailarino, professor e especialista em dança. Com uma escola que leva o seu nome, tem como principal objetivo desenvolver seus alunos, tanto para o ballet, jazz e danças contemporâneas, como para a vida. Por meio da dança, ele diz ter conhecido muitos lugares diferentes. Já se apresentou em países como Portugal, Espanha, Uruguai e Argentina e é, hoje, um dos profissionais mais conhecidos da região

“Conheci muitos lugares por meio da dança”
Foto: Divulgação

Como começou a sua história com a dança?

É difícil falar de começo, né? Acredito que a dança, a arte, são coisas que vêm com a gente. Eu não acredito em dom. A dança exige muito trabalho e esforço. Desde criança, fui muito fascinado por esse meio artístico. Sou uma criança dos anos 90, então a televisão era um grande entretenimento. Quando entrei na escola, a parte artística me chamou atenção. Estive envolvido com teatro, com dança, coral. Claro que existia, nessa época mais ainda, muito preconceito. A dança era uma atividade direcionada ao público feminino. Isso para mim nunca foi um problema, porque o amor, a intenção em estar dançando e fazer as atividades era mais forte que qualquer outra coisa. Então sempre superei, encarei isso de boa e segui dançando.

Como foi sua trajetória neste meio até aqui?

Eu comecei a dançar em grupos no meio tradicionalista. Foi algo que me deu suporte para estar dançando sem estar sujeito ao preconceito. Foi um espaço acolhedor, onde eu pude me desenvolver artisticamente. Sempre tive muito apoio da minha família. Acredito que isso seja fundamental. Eu ainda participava de um grupo folclórico de danças açorianas. Sempre envolvido também com os grupos de teatro. A gente participou de muitos festivais. Eu conheci muitos lugares por meio da dança. Então comecei a auxiliar um professor, comecei com uma monitoria ali, outra aqui, foi indo. Eu estava no terceiro ano do Ensino Médio quando fui convidado pela coordenação pedagógica de uma escola particular aqui do município, para trabalhar e ministrar aulas de danças tradicionalistas. Eu tinha 17 anos. E foi ali que eu vi que eu podia seguir com isso. Depois, ingressei na faculdade de dança.

Comecei a trabalhar com outras modalidades de dança e fui buscando me especializar no ballet, no jazz, na dança contemporânea, sempre fascinado pela parte educativa também. Além de graduado, também sou especialista em dança. Abri o meu espaço em 2010. Começamos a fazer espetáculos, participar de festivais competitivos e por aí foi. A gente começou a aparecer dentro da região, dentro do estado. São inúmeras premiações até hoje. Mas, mais importante do que a premiação, é a experiência que fica para os alunos. A partir de 2013, nossa escola passou a ter sede própria e este ano estamos completando então 15 anos de escola, com uma unidade em Taquari e outra em Porto Alegre.

O que a dança significa para você?

A dança, para mim, é vida. Acho que eu não teria outra palavra para defi nir. Não é só técnica, é um processo formativo. Acredito que toda atividade artística, esportiva, é fundamental na formação de todas as pessoas.

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