“Associam o câncer a desesperança, mas não deve ser assim”

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“Associam o câncer a desesperança, mas não deve ser assim”

A cirurgiã oncológica Caroline Dalla Lasta Frigeril é a 29ª entrevistada do quadro

“Associam o câncer a desesperança, mas não deve ser assim”
Cirurgiã oncológica, Caroline Dalla Lasta Frigeril (foto: Nickolau Lee)
Lajeado

Atuando na área da cirurgia oncológica há 25 anos, a médica Caroline Dalla Lasta Frigeril reconhece que a sociedade ainda tem receio de falar sobre diagnósticos de câncer, associando a enfermidade à desesperança. No entanto, ela ressalta que não deve ser assim. “As chances de cura são grandes, e os tratamentos têm efeitos colaterais cada vez menos agressivos”, comenta.

Entre os diferenciais da especialização, Caroline destaca o vínculo que é criado com o paciente. “Em casos de sucesso, são pelo menos cinco anos de acompanhamento. É isso que nos difere de outras áreas, não é somente operar. Tem o pré, o durante e o após.” A médica ainda menciona a emoção de encontrar um paciente curado e saudável. “Poder vê-lo após a alta é muito satisfatório. Surge um sentimento de reconhecimento e gratidão muito grande.”

Lajeadense, a cirurgiã fez graduação em Medicina na PUC-RS, residência em Cirurgia Geral no Hospital Nossa Senhora da Conceição e especialização em Oncologia no Hospital Santa Casa de Porto Alegre. Ela relembra que, durante esse período, tinha uma rotina exaustiva de até 16 horas de trabalho, mas hoje reconhece essa fase como fundamental para sua formação.

Caroline retornou a Lajeado no início dos anos 2000, no mesmo momento em que o Hospital Bruno Born buscava um responsável técnico para a cirurgia oncológica da instituição. “Foi muito bom porque consegui conciliar estar perto da família e dos amigos com trabalhar em um hospital de ponta.”

Em relação ao HBB, fala com orgulho sobre fazer parte do corpo clínico e destaca que a instituição dispõe de um centro de oncologia de excelência, sempre em busca de melhorias. Além disso, menciona que, para aprimorar os tratamentos, o hospital constantemente investe em novas tecnologias e se destaca por realizar cirurgias tecnicamente sofisticadas e tratamentos modernos, como a videocirurgia.

Primeira médica da família, Caroline considera que fez uma escolha certeira e não se imagina em outra profissão. “Não tenho arrependimentos”, conclui.

Acompanhe a entrevista na íntegra:

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