No início da fase adulta, certa vez, fui acometido por um amigdalite. A popular dor de garganta. No período citado, a inflamação era tamanha que mal tinha condições de engolir a saliva, quiçá alimentos sólidos. Após uma consulta médica fui internado para tratar a infecção.
Não vou contar história de hospital, fique tranquilo.
Junto com a minha internação, teve início um ensinamento que levo comigo até hoje, conforme compartilho:
Fiquei temporariamente impedido de fazer uma ação que de tão automática passa completamente despercebida em nosso dia a dia. Quantas vezes engolimos em uma hora? Em um dia? Em um ano? Perguntei-me como algo tão básico e importante para a minha existência passava tão longe da minha percepção.
Foram poucos dias de internação, logo pude ingerir e sentir o sabor dos alimentos novamente. Mesmo com o passar dos anos, essa passagem permanece em minha mente com o seguinte questionamento: Será que valorizamos aquilo que fazemos de forma automática ao longo do dia?
Muito além do engolir, temos capacidade cognitiva, caminhamos, nos alimentamos, sentimos o sabor, respiramos, ouvimos, enxergamos… O nosso básico é fantástico!
A amigdalite foi horrível, mas ensinou a valorizar mesmo as pequenas funções e a imaginar como seria a privação temporária ou permanentemente de qualquer uma das ações básicas acima citadas.
Repeti para mim mesmo o que escrevo no próximo parágrafo:
Não espere parar de ver para valorizar sua visão. Não espere deixar de ouvir para perceber a importância da audição. Não deixe que suas pernas percam a força para depois observar quanto caminhar é primordial e necessário.
A melhor forma de valorizarmos cada uma das brilhantes ações do nosso organismo é tomando os cuidados necessários para preservá-las!
Ainda não existe algo que reúna todas as capacidades que o nosso corpo é capaz de nos oferecer. Nós temos o privilégio de pilotar a máquina mais perfeita já desenvolvida, mas ainda pecamos na sua manutenção.
Sinta-se provocado a avaliar como foram os cuidados com a sua “máquina” nos últimos doze meses:
Se concluir que seus cuidados foram adequados, parabéns! Sinta-se orgulhoso! A tendência é que sua “máquina” tenha uma vida útil maior e você possa aproveitar muito e por bastante tempo a sua preciosa vida e seus momentos junto daqueles que ama!
Se chegou à conclusão que não tem tomado o cuidado que deveria, questione-se por quanto tempo sua “máquina” aguenta esse descaso. Sua saúde precisa ser prioridade, não espere perdê-la para, então, valorizá-la.
Após essa leitura, espero que, assim como minha dor de garganta, a percepção e o cuidado com a sua saúde também melhore. Não espere perder para valorizar… Por favor, não deixe que minha amigdalite tenha sido em vão.
Te ajudo a colocar o exercício físico de uma vez por toda na sua rotina!
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