Vale confirma três casos de dengue

ALERTA À SAÚDE

Vale confirma três casos de dengue

Pacientes são das cidades de Estrela, Poço das Antas e Sério, todos infectados fora dos municípios de residência

Vale confirma três casos de dengue
Chamado de inseticida residual, o líquido utilizado nas residências e prédios é pulverizado em superfícies, como paredes, para combater os insetos. (Foto: Bibiana Faleiro)
Vale do Taquari

O Vale do Taquari confirmou três casos de dengue em 2025, segundo dados da 16ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), nas cidades de Estrela, Poço das Antas e Sério. Na região, outros 39 casos estão em investigação. Entre as ações de prevenção, estão o monitoramento dos agentes de endemias e a aplicação de inseticidas.

Os casos deste ano são de pacientes adultos e uma criança, com infecção não autóctone, ou seja, ocorrida em outras cidades. No mesmo período de 2024, o Vale registrava 25 casos confirmados de dengue.

Especialista em saúde da vigilância epidemiológica da 16ª CRS, Susane Schossler Fick destaca que o ano passado foi marcado por anomalias nos padrões de temperatura e chuvas, decorrentes dos impactos do fenômeno climático El Niño. Como consequência, o Rio Grande do Sul e o país enfrentaram a pior epidemia de dengue da história. Neste ano, os quatro sorotipos do vírus da dengue foram identificados no país.

Entre os principais sintomas, está a febre de início repentino, dor de cabeça, prostração, dores musculares ou articulares e dor atrás dos olhos. Todas as faixas etárias são suscetíveis à doença, mas mulheres grávidas, crianças e idosos correm risco maior de agravamento da doença e de hospitalização.

Segundo Susane, passada a fase crítica da dengue, o paciente entra na fase de recuperação. “No entanto, após o período febril, deve-se ficar atento. Com o declínio da febre, sinais de alarme podem estar presentes, como dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, sangramento de mucosa, dentre outros”. Os sintomas podem marcar o início da piora do paciente e a evolução para as formas graves de dengue.

17 suspeitos

Em Lajeado, não há casos confirmados neste ano, mas 17 estão em investigação. De acordo com a secretária de Saúde, Giovanna Linhares, pacientes com suspeita da doença receberam a solicitação para fazerem a sorologia para dengue. “Não são todas as pessoas que vão fazer o exame. Então, pode ser que a gente tenha algum caso confirmado não identificado”.

Agente de endemias de Lajeado, Francieli da Rosa afirma que há casos recorrentes de pessoas que fazem os testes rápido – que podem dar falsos negativos – e não seguem com a investigação, não sendo possível identificar se o resultado foi positivo ou não.

Ela explica que é feito um trabalho de conscientização. Além disso, durante todo o ano, os agentes visitam residências e prédios públicos para identificar possíveis focos do mosquito.

De acordo com a profissional, há menos mosquitos transmissores da dengue em circulação. Por outro lado, ainda há elevado número de pernilongos nos bairros da cidade, que podem ser confundidos com o Aedes aegypti.

Outra iniciativa é a aplicação de inseticidas. Nos últimos meses, as equipes epidemiológicas aplicaram a substância em 280 prédio públicos. Entre os bairros com maior presença do vetor da dengue e que receberam aplicação mais intensa, então Conservas e Moinhos.

Aplicação

Chamado de inseticida residual, o líquido utilizado nas residências e prédios é pulverizado em superfícies, como paredes, para combater os insetos. Um dos profissionais que faz o trabalho é Eduardo Strohschoen, gestor de químicos industriais da Ecopragas, empresa terceirizada contratada pelo município.

Ele explica que, uma vez aplicado o produto, o ambiente deve ficar isolado por uma hora, para evitar alergias, entre outras reações ao químico. Além disso, o inseticida é aplicado em uma altura de cerca de 1,70 metros, já que o mosquito não costuma voar em alturas maiores.

Alerta à coqueluche

O Vale do Taquari ainda soma sete casos confirmados para coqueluche desde dezembro de 2024, quando Lajeado registrou os primeiros quatro pacientes. Em janeiro, Teutônia também teve um morador positivo para a doença e, na sexta-feira, 8, outros dois foram registrados em Encantado, da mesma família, conforme dados da 16º CRS.

Ainda há casos suspeitos em investigação em outros municípios. Segundo Susane, a coqueluche é uma doença imunoprevenível, que tem por característica ciclos de circulação hiperendêmica a cada três a cinco anos.

Na região

  • Arroio do Meio
    Em investigação: 1
  • Dois Lajeados
    Em investigação: 1
  • Encantado
    Em investigação: 1
  • Estrela
    Em investigação: 3
    Confirmados: 1
  • Lajeado
    Em investigação: 17
  • Muçum
    Em investigação: 1
  • Paverama
    Em investigação: 1
  • Poço das Antas
    Em investigação: 4
    Confirmados: 1
  • Sério
    Confirmados: 1
  • Taquari
    Em investigação: 1
  • Teutônia
    Em investigação: 9

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