Abraçar desafios e oportunidades determinam o caminho do sucesso

O MEU NEGÓCIO

Abraçar desafios e oportunidades determinam o caminho do sucesso

Com mais de três décadas de experiência, Confecções Sandriná está entre as principais confecções da região

Abraçar desafios e oportunidades determinam o caminho do sucesso
Silvana Pens participou do programa “O Meu Negócio” dessa segunda-feira, 10. (Foto: Deivid Tirp)

A coragem e o espírito empreendedor de duas jovens de 22 anos marcaram o início da história da Confecções Sandriná, importante empresas de confecções de Lajeado. Com apenas duas máquinas de costura doméstica e uma tesoura, Silvana e Ivete decidiram unir suas habilidades — uma com experiência em vendas e a outra em costura — para criar o que se tornaria uma referência no mercado de uniformes escolares da região.

Sem estudos ou pesquisas de mercado, as fundadoras iniciaram a produção de roupas sob medida. No início, atendiam clientes que traziam seus próprios tecidos, mas com o tempo, passaram a confeccionar trajes com malha. Peças que, segundo a diretora da empresa, Silvana Pens, vendiam rapidamente.

A grande virada no negócio, para se tornar especializada na produção de uniformes, ocorreu de forma inesperada. “Certo dia, a irmã Íris, do colégio Madre Bárbara, questionou se não tínhamos interesse em fazer o uniforme da escola. Nós aceitamos o desafio e não paramos mais. Depois disso começamos a ter funcionários”, lembra Silvana Pens, diretora da empresa.

Desde 1996, a empresa se dedica principalmente à produção de uniformes escolares, mas também atende empresas e desenvolve coleções completas com logomarcas personalizadas para cada instituição. Para isso, investe em matérias primas de qualidade, maquinário moderno e capacitação da mão de obra.

Segundo Silvane, essa dedicação garante a confiabilidade das peças. “Às vezes as pessoas me encontram e falam que ainda possuem uma calça ou blusa de anos atrás.”

O crescimento

O primeiro ponto comercial foi na Rua Júlio May e posteriormente mudaram-se para a Francisco Oscar Karnal, onde permaneceram até o ano passado. Após o prédio ser atingido pelas enchentes, a Sandriná está em novo endereço, localizado na rua José Schmatz nº 47, bairro Florestal.

Hoje loja e unidade fabril estão no mesmo ponto. “Sempre trabalhamos com encomendas, mas, em 2024, a virada de chave foi ter as peças a pronta entrega. Isso facilitou muito, pois consigo fazer mais por menos”, conta Silvane.

Para alcançar a marca de mais de três décadas de produção, a diretora revela que precisou fazer investimentos constantes. “Tudo o que a gente conseguia, reinvestia no negócio. Tiramos o mínimo para nós mesmas”. Além disso, o fortalecimento das relações humanas foi essencial para consolidar a trajetória.

O programa “O Meu Negócio” é apresentado por Rogério Wink e transmitido ao vivo nas segundas-feiras, na Rádio A Hora 102.9 e nas plataformas digitais. Tem o patrocínio de Motomecânica, Black Contabilidade, Marcauten, Dale Carnegie, Sunday Village Care, Pró-Aço e Construtora Giovanella.

Marketing H2H:
A Jornada Para o Marketing Human To Human

Marcos Bedendo e coautores
Os avanços tecnológicos e a mudança de mentalidade de clientes e profissionais, exigiu uma revisão na forma como o marketing é pensado e executado.

Com isso, surge o modelo “human to human” (H2H), que incorpora design thinking, lógica de domínio de serviço e as últimas inovações em digitalização, e oferece um caminho para encontrar significado.

Ao realizar a tradução do livro, Marcos Bedendo também adaptou o texto para a realidade brasileira, com exemplos que fazem sentido no contexto local e que aproximam os conceitos explorados.

Entrevista
Silvana Pens • diretora da Sandriná Confecções

“Vender é uma arte”

Wink – Quais são as tuas origens?

Silvana – Eu sou filha de agricultores, natural do Canarinho, de São Bento, em Cruzeiro do Sul. Meu pai era colombo e amansava junta de boi para vender, além de preparar cavalos para corrida. Hoje ele teria 103 anos. Minha mãe era dona de casa. Foi uma infância difícil. Se tu olhar hoje, dá oito minutos de São Bento a Lajeado, mas na época a gente nem luz elétrica tinha. Eu fazia meus temas de casa da escola com lampião. Falando isso hoje, parece que estou falando de outro mundo. Mas terminei o ensino médio no João de Deus, em Cruzeiro do Sul. E para isso, eu pegava um ônibus, ele me deixava na estrada que via a Cruzeiro. Então pegava o Cruzeiro, ia para a escola, à noite ia para São Rafael, dormia lá e de manhã voltava com o leiteiro.

Wink – Quando a gente olha para ti contando sobre esse ambiente, vemos que, apesar da dureza, ele te traz boas lembranças.

Silvana – Tenho muitas boas lembranças do meu pai e da minha mãe. Devo muito a eles pelo que sou hoje. Eles foram peças fundamentais. Meu pai sempre dizia: “a cruz nunca é mais pesada do que a gente pode carregar. Estuda filha, vai em frente, que tu vai conseguir”.

Wink – Os valores de respeito ao professor eram extremamente importantes na época e moldaram muitos líderes e empreendedores. Foi o teu caso também?

Silvana – A empresa surgiu de uma amizade do meu marido com o marido da Ivete, minha então sócia. Do nada, surgiu a ideia do “vamos empreender”. Eu sabia vender, trabalhava na Casa Americana e ela costurava. Na época, a loja tinha 71 vendedoras comissionadas.

Wink – Esse viés de trabalhar no varejo e lidar com o cliente, deve ter sido uma boa experiência para ti.

Silvana – Foi maravilhoso. Esses 34 anos de empresa, o que sei, aprendi muito lá atrás. E eu acho que veio um pouco do meu pai também, pois ele dava um jeito de ser comerciante. Na loja, os vendedores trabalhavam em todas as áreas, mas depois de um tempo fui parar na área específica feminina.

Wink – Existe uma tendência no mercado de as pessoas terem referências e mentores. Como o espírito empreendedor é mantido diante de um universo digital, tendo em vista que ele depende do contato das pessoas?

Silvana – A gente sente que as pessoas precisam conversar. As pessoas me dizem, principalmente as meninas que trabalham com a gente: “como eu queria ter a tua experiência”. Mas eu sempre digo “vamos em frente”, pois vender é uma arte. O computador é importante em muitas áreas, mas nessa juventude que vem vindo, precisamos trabalhar muito bem para o contato humano.

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