O secretário do Meio Ambiente de Lajeado, Luis Benoitt, tem como prioridade resolver a defasagem no recolhimento de lixo no município. Segundo ele, o contrato vigente é de 2015 e não atende mais às necessidades da cidade. Somente em 2024, foram produzidas 32 mil toneladas de resíduos, volume que exige ajustes na coleta.
Entre as possíveis soluções, Benoitt considera alterar os horários e turnos do recolhimento de lixo orgânico e seletivo, além de acrescentar dias extras para incluir a coleta de eletrônicos e móveis. Outra medida em estudo é a criação de pontos de entrega voluntária em espaços públicos.
“As alternativas serão discutidas com a comunidade”, afirma o secretário, lembrando que, no passado, houve um apelo popular pela retirada das lixeiras públicas. A tentativa de substituí-las por contêineres também não teve sucesso. “Os contêineres eram para lixo seletivo, mas dentro deles se encontrava de tudo, menos recicláveis. Além disso, ninguém queria essas estruturas perto das residências”, explica.
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Secretário municipal do meio ambiente, Luis Benoitt (foto: Paulo Cardoso)
Desde que assumiu o cargo, Benoitt destaca que a prefeita Gláucia Schumacher (PP) reforçou a urgência do tema. Ele também aponta que a questão do lixo não é responsabilidade exclusiva do poder público, mas sim de toda a população, incluindo visitantes que aumentam a geração de resíduos.
O secretário lembra ainda que, segundo o Código de Posturas do município, cada estabelecimento comercial e prédio deve ter seu próprio compartimento para descarte. No entanto, essa exigência foi se perdendo ao longo dos anos. “A partir deste ano, voltaremos a fiscalizar essa regra”, garante.
Projeto Lajeado Mais Verde
Outro foco da Secretaria do Meio Ambiente é a preservação ambiental. O levantamento da arborização urbana já foi concluído nos bairros Centro e Americano e iniciado no Florestal. Além disso, há esforços para recuperar a mata ciliar, um dos principais desafios ambientais da cidade.
“Estamos repetindo estudos e avançando com a compensação florestal. Muitas empresas possuem pendências nesse sentido, e estamos trabalhando junto ao Ministério Público para que essa compensação beneficie áreas”, afirma Benoitt.
Ele explica que, ao abrir um loteamento, por exemplo, as empresas precisam compensar a supressão vegetal em uma área equivalente. No entanto, essa compensação nem sempre ocorre da forma mais eficaz. “Hoje, a compensação pode ser feita em uma área já existente, mas ambientalmente isso não gera um resultado tão positivo. Nosso objetivo é direcionar esses projetos para a recuperação da mata ciliar”, esclarece.
Para viabilizar essas ações, a secretaria pretende unir diferentes setores. “Uma empresa pode contribuir com mão de obra, outra com material e outra com conhecimento técnico. Assim, conseguimos fortalecer a recuperação ambiental de forma mais efetiva”, conclui Benoitt.