Stacione defende critérios do atual modelo de cobrança

ESTACIONAMENTO ROTATIVO

Stacione defende critérios do atual modelo de cobrança

Empresa justifica uso de moto para fiscalização, não considera instalar parquímetros e avalia campanha sobre uso de aplicativo

Stacione defende critérios do atual modelo de cobrança
Lajeado

A menos de um mês para o fim do contrato que regulamenta o serviço, o estacionamento rotativo voltou à pauta das comissões permanentes da câmara de Lajeado, nesta segunda-feira, 10. Desta vez, a reunião teve a participação dos gestores da Stacione, que justificaram regras do atual formato de gerenciamento das vagas na área central.

O principal questionamento é o uso de motocicleta para fiscalização e débito automático para os usuários. A prática é considerada irregular pelos vereadores por não constar no contrato vigente. “A moto é uma comodidade para o usuário e não um atrapalho. Ela é utilizada em outras cidades e até carros fazem este serviço”, garante o gerente de operações da Stacione, Michel de Quadros.

A instalação de parquímetro, totens ou parceria com estabelecimentos para ampliar as opções de pagamento também foram sugeridas, porém não estão nos atuais planos da empresa, pois impactaria no valor da tarifa atualmente em R$ 2,90 por hora. “O custo de cada parquímetro é de R$ 18 mil e a manutenção depende das peças que vem da China. Temos o QR Code nas placas, o aplicativo e os agentes nas ruas”, argumenta Quadros.

1,5 mil vagas e 30 colaboradores
A estimativa é que a Stacione administra um total de 1,5 mil vagas. Conforme o responsável pela tecnologia de informação, Geferson Jung, atualmente são 30 colaboradores espalhados pelas ruas de Lajeado. A preocupação é para o crescimento nos episódios de ofensas, ameaças e até agressões em relação aos profissionais. “Tem aumentado o número de trabalhadores que desistem por conta de ameaças ou agressões físicas. Tivemos vários casos recentes, até mesmo dentro da nossa base”, analisa.

Conforme os gestores, a empresa oferece benefícios além do salário, como vale-refeição, vale-transporte e prêmio assiduidade para manter os fiscais de rua e ainda em função da falta de mão de obra.

Um ponto específico com sinal positivo dos administradores da Stacione para revisões no sistema é o entorno do Hospital Bruno Born (HBB) em função das pessoas de outras cidades que se deslocam em busca de atendimento médico. Uma alternativa proposta pela câmara é fornecer uma licença especial por tempo determinado para quem tem exame, consulta ou procedimento no HBB. Em análise também uma campanha nas mídias oficiais da empresa sobre a utilização do aplicativo.

Michel de Quadros e Geferson Jung estiveram na câmara (Foto: Henrique Pedersini)

Relatório em elaboração
Com as explicações da Stacione, as comissões da câmara projetam encaminhar um relatório final ao governo nas próximas semanas. As entidades empresariais elaboram um documento com as principais reivindicações da CDL, Sindilojas e demais associações.

A prefeita Gláucia Schumacher sinalizou com a possibilidade de renovação do vínculo com a empresa para a prestação do serviço a partir de alterações no convênio atual. Entre os vereadores, o pedido é por uma nova concessão. “A maioria quer um contrato novo, uma concessão com regras a partir do que estamos apontando nas reuniões. São pedidos da comunidade, que é a mais impactada”, define o vereador Antônio Oliveira (Podemos).

Principais críticas à Stacione
– Uso de moto para fiscalização
– Instalação de parquímetros,
– Tempo mínimo de cobrança
– Regras exclusivas ao entorno do HBB
– Ampliação das ruas com cobrança
– Aumento no número de agentes nas ruas

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