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As famílias venezuelanas assistidas pela agência Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU), foram acolhidas no Complexo Industrial Avícola da Dália Alimentos, em Arroio do Meio. Após um almoço oferecido pela cooperativa, receberam as boas-vindas da gerência da Divisão Frango de Corte e participaram de uma integração.
Dentre os 77 imigrantes, há 50 venezuelanos que passaram pelo processo de integração em 3 de fevereiro, com início das atividades laborais no dia seguinte. A maioria trabalhará no frigorífico em Arroio do Meio. “A Dália tem em sua origem a força dos descendentes de imigrantes italianos e alemães, por isso, acolher essas famílias venezuelanas é motivo de grande honra”, afirma o presidente do Conselho de Administração, Gilberto Antônio Piccinini.
Boas-vindas e dinâmica
Durante as boas-vindas, animadas por músicas venezuelanas e dinâmicas que simulavam a produção em série típica da indústria, o gerente da Divisão Frango de Corte, Eduardo Koefender, apresentou a estrutura da indústria e as diretrizes da Dália. “Estamos muito felizes e observamos que todos são organizados. É exatamente disso que a Dália precisa: pessoas dispostas a trabalhar”, elogiou.
“Só temos a agradecer”
Natural do município de Caripe, no estado de Monagas, localizado na região nordeste da Venezuela, Luis Enrique Rondon Reina, 34, chegou ao Brasil com a esposa e dois filhos em busca de melhores condições de vida. “Só temos a agradecer pela oportunidade oferecida pela Dália. Isso nos ajudará a garantir 60 dias sem custos até nossa adaptação.” Ele compartilha que o sonho da família é conquistar e criar raízes no RS. “Nossa expectativa é recomeçar nossas vidas por meio desta grande oportunidade que a empresa nos proporcionou.”
Recomeços
Glennys Del Valle Betancourt Garcia, 45, migrou da Venezuela em busca de melhores condições econômicas e sociais. “Saí com meu marido Jorge Luis e meu filho Oliver do município de Maturin, capital do estado de Monagas, em busca de estabilidade. As condições na Venezuela eram difíceis e enfrentamos muitos desafios até chegarmos ao Vale do Taquari”, relata. A família está há dois anos no Brasil. “Nesse período enfrentamos diversas dificuldades. Em contrapartida, fomos muito bem recebidos na Dália. Estamos bastante animados e só temos a agradecer.”