DeepSeek intensifica corrida tecnológica e desafia ChatGPT

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DeepSeek intensifica corrida tecnológica e desafia ChatGPT

Principal diferença entre os modelos está na acessibilidade em que uma possuia código aberto e outra há estrições. Além disso, o custo também chama atenção, pois o modelo chinês foi desenvolvido com um investimento muito menor, gerando questionamentos entre investidores

DeepSeek intensifica corrida tecnológica e desafia ChatGPT
Foto: divulgação
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O ChatGPT, desenvolvido pela OpenAI, não está mais sozinho no topo da inteligência artificial. A DeepSeek, startup chinesa de IA, surge como uma forte concorrente, apostando em eficiência de custo e uma abordagem de código aberto para redefinir a corrida tecnológica global, permitindo maior acesso e personalização por parte de desenvolvedores e pesquisadores.

A principal diferença entre os dois modelos está na acessibilidade, explica o diretor da Interact Latam, Iván Lasso. “O ChatGPT não é código aberto, sendo disponibilizado apenas por meio de APIs comerciais, o que limita sua modificação. Já o DeepSeek promove um modelo aberto, permitindo ajustes e inovações colaborativas.”

Além disso, a questão do custo também se destaca, enquanto a OpenAI investiu cerca de US$ 100 milhões no desenvolvimento do ChatGPT, o DeepSeek foi criado com um orçamento significativamente menor, de aproximadamente US$ 6 milhões. Isso levanta questionamentos entre investidores sobre o valor pago pelas soluções ocidentais.

Especialistas alertam para a necessidade de fiscalização no uso da IA. O sócio da Olicenter, Davi Johann, destaca que embora a tecnologia tenha se tornado uma facilitadora, a validação humana ainda é essencial. “Utilizamos a IA como ferramenta de auxílio, mas a decisão final precisa passar pelo olhar humano, que entende nuances regionais e contextuais. Talvez no futuro ela tenha autonomia total, mas ainda não chegamos a esse ponto”, afirma.

Além do impacto nos negócios e na produção de conteúdo, o avanço das inteligências artificiais traz riscos, como fraudes e golpes. O professor de Ciência da Computação Univates, Fabricio Pretto destaca o potencial duplo da inovação. “A IA veio para ficar e trará muitas novidades, mas precisamos estar atentos aos perigos. Ao mesmo tempo que é fantástica, pode ser usada de forma maliciosa”, alerta.

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