Hospital Ouro Branco busca se consolidar como polo de saúde

TEUTÔNIA

Hospital Ouro Branco busca se consolidar como polo de saúde

Instituição vive processo para implantação de UTI. Em fase de captação de recursos, busca por R$ 10 milhões

Hospital Ouro Branco busca se consolidar como polo de saúde
Diretor do HOB, José Paulinho Brand, quer tirar do papel o projeto que é debatido há quase 15 anos. (Foto: Grasi Nabinger)
Teutônia

O projeto estrutural para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Ouro Branco (HOB) já está pronto e aprovado pela Secretaria Estadual de Saúde. Agora a instituição precisa arrecadar o recurso para execução, estimado em R$ 10 milhões. Líderes da microrregião formada pelos municípios do G8 – Teutônia, Westfália, Imigrante, Colinas, Boa Vista do Sul, Poço das Antas, Paverama e Fazenda Vilanova – têm unido forças para concretizar o plano. José Paulinho Brand, diretor do hospital, diz que mobilização gera entusiasmo.

A previsão de conclusão destacava 2025 como o ano da inauguração da UTI. Entretanto, a etapa de captação de recursos, prevista para 2024, ainda não foi concluída. Junto da prorrogação do prazo, em 31 de maio, a instituição apresenta um plano de expansão do projeto. Antes, o objetivo era ampliar o espaço físico com um andar, cerca de 660 metros quadrados, destinado a dez leitos de UTI adulto. Agora, o projeto reformatado prevê dois andares a mais e um novo título: Polo de Saúde Hospital Ouro Branco.

Além de UTI, o projeto contempla Banco de Sangue, setores de Hemodiálise, Oncologia e Oftalmologia. Ainda, uma Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI), aumento de leitos SUS e de leitos privados e de convênio. O orçamento sobe para R$ 16 milhões, mas o objetivo, segundo Brand é solucionar demandas da região e proporcionar atendimento de excelência aos mais de 580 mil habitantes de 58 municípios, dos Vale do Taquari e Caí, que integram a área de atuação da instituição.

“Porque nós queremos uma UTI para a microrregião?”,questiona Paulinho. “O estado precisa de leitos; nossos municípios têm crescido muito, o hospital tem localização privilegiada, nossa logística é favorável e somos autossuficientes e nossa instituição esteve na retaguarda da maior catástrofe climática do Vale do Taquari”, pontua. Cita ainda como variáveis determinantes a qualidade do fornecimento de energia, água e internet, além de Corpo Clínico que reside na cidade, e por esta razão não fica isolado da instituição em caso de crises climáticas.

“Temos que fortalecer mais a nossa região, torná-la um polo de saúde, que vai ter UTI e mais um monte de coisas que vão acompanhar esse crescimento. O nosso Vale tem 8 mil pessoas esperando por cirurgias eletivas, veja que fragilidade. Nós [região] estamos sentindo na pele a necessidade de expandirmos a atuação [instituição de saúde]”, comenta.

Aumento dos casos críticos

Paulinho destaca o aumento da complexidade dos atendimentos de emergência do Hospital Ouro Branco. Entre janeiro e dezembro de 2024, 12.251 pacientes críticos – urgência e emergência – foram atendidos pela instituição. Número equivale a 35,5% do total de atendimentos. Em média, 34 pacientes críticos foram atendidos por dia, e mais de 10 entubados por mês.

Os números de janeiro de 2025 preocupam: o percentual de urgência e emergência subiu para 38,03%. Catorze pacientes deram entrada em condição grave. Destes, 10 foram entubados em estado crítico, à espera de vaga em UTI. Um deles foi encaminhado a Torres depois de seis dias.

Mobilização da microrregião

Entre os prefeitos do G8, o projeto da UTI é prioridade. Surge neste mês um movimento com o mesmo objetivo entre os legislativos da microrregião. “Este projeto está no mínimo 15 anos atrasado, em 2009 já era discutido. Tivemos reformulação nos executivos e legislativos e essa mudança de visão, com dois políticos de Teutônia em destaque, nos fortalece, dá energia, entusiasmo, estímulo para juntos tirarmos esse projeto do papel”, diz Paulinho, citando o prefeito Renato Altmann, também presidente do G8 e vice da Amvat, e o vereador Luias Henrique Wermann, vice da Avat e líder da criação do G8 dos vereadores.

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