A impressão neste momento, conforme análise de representantes do partido União Brasil no Rio Grande do Sul, é de que o Vale do Taquari está com a faca, o queijo e o salame na mão para enfim eleger novamente representantes regionais à Assembleia Legislativa e ao Congresso Nacional. De acordo com agentes da executiva estadual da sigla, reforço, o ex-prefeito de Estrela e atual Secretário Estadual de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano, Carlos Rafael Mallmann (União Brasil), possui chances reais de conquistar uma vaga de deputado estadual em 2026. Para isso, seriam necessários algo em torno de 25 mil votos.
Da mesma forma, os mesmos agentes apostam que o ex-prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo (ainda no PP), precisaria de aproximadamente 50 mil votos para garantir uma vaga de deputado federal no pleito geral do próximo ano. Ou seja, e se Caumo confirmar a provável troca do PP pelo União Brasil, o Vale do Taquari estaria – conforme análise de correligionários, reitero – diante de uma promissora dobradinha de experientes ex-prefeitos que deixaram as respectivas gestões municipais com altos índices de reeleição e aprovação. E tudo isso com tempo suficiente para costurar apoios empresariais e associativistas.
“Maturidade” para debater a concessão
Prefeito de Sério e novo presidente da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat), Moisés de Freitas (MDB) participou do programa Frente e Verso nesta semana e foi enfático ao ser provocado pelo colega Fernando Weiss a enviar um recado aos prefeitos e demais envolvidos – direta ou indiretamente – nas análises do projeto de concessão das nossas rodovias estaduais. Segundo Freitas, acima de tudo é preciso “maturidade e responsabilidade” para exigir o que realmente é importante à toda região, e não apenas a um ou dois municípios. E que assim seja!
Um Estado (cada vez) mais próximo dos prefeitos
A visita do governador Eduardo Leite (PSDB) tem diversos significados ao Vale do Taquari. Além de manter proximidade e diálogo “olho no olho” com os diversos representantes da região mais afetada e destruída pelas recentes tragédias climáticas, o único chefe do Executivo gaúcho reeleito na história recente reforçou uma característica da sua própria gestão: a proximidade com os gestores municipais. Anfitriã no almoço oferecido a Leite no Estrela Palace Hotel, a prefeita de Estrela, Carine Schwingel (UB), também fez questão de enfatizar tal característica. Assim como outros prefeitos (as) da nossa região, que inclusive participaram em bom número do evento de ontem. Além disso, Leite alfinetou outros agentes públicos que, por vezes, insinuam que a morosidade da reconstrução é culpa das administrações municipais. “Jamais vamos culpar os prefeitos”, afirmou.
Estradas + Pedágios
O governador Eduardo Leite (PSDB) foi direto ao falar sobre o projeto de concessão das rodovias estaduais do Vale do Taquari. “Pior do que pedágio é não ter estradas”, disparou. Faz todo sentido, é claro. Mas o que não faz sentido é o Bloco 2 pagar R$ 0,23 por quilômetro rodado. Esse valor precisa necessariamente sofrer um considerável deságio no processo licitatório. E Leite sabe disso.
Austeridade X Efetividade
A entrevista do Secretário de Obras e Serviços Urbanos de Lajeado nessa quarta-feira abriu margem para interpretações interessantes sobre os últimos anos do governo municipal. Em outras palavras, Fabiano Bergmann (PP), o popular “Medonho”, deixou claro que a tão falada política – por vezes populista – de “austeridade” na máquina pública prejudicou o atendimento aos bairros lajeadenses. Segundo ele, faltam servidores para áreas básicas de atendimento ao público mais vulnerável, especialmente. E, com isso, os serviços não menos básicos de abastecimento de água, iluminação pública e reforma de calçadas restou comprometido às comunidades mais distantes da área central. Não por menos, as urnas emitiram um sinal de alerta ao novo governo do PP. E, não por menos, a prefeita Gláucia Schumacher (PP) já aumentou em 28 o número de Cargos Comissionados. Ou seja, e aqui não se discute a importância de cuidar bem do dinheiro do contribuinte, por vezes o “barato” pode sair “caro”. Por fim, e por óbvio, o ideal é buscar austeridade sem perder efetividade. O que também exige escolhas muito mais técnicas no momento de nomear CCs, é claro!
TIRO CURTO
- No almoço com o governador, ontem, a prefeita de Estrela roubou a cena ao lembrar os tempos de campanha, quando chegava em casa à noite e ainda precisava fazer a janta e lavar a louça em casa. Eduardo Leite (PSDB) brincou com a situação. “Vou dar uma folga ao meu secretário para ele aprender a fazer isso”, disse ele, se dirigindo ao marido de Carine Schwingel, Rafael Mallmann.
- Em tempo, Carine Schwingel (UB) também aproveitou a visita de Eduardo Leite para lhe entregar um projeto para construção de uma nova sede ao 40º Batalhão da Polícia Militar (BPM) no município. Hoje a corporação está sediada em Teutônia, em função das recentes enchentes que atingiram os antigos espaços em solo estrelense.
- Conhecido no meio esportivo, Rogério Lourenço, o popular “Rocha”, foi nomeado como “Assessor de Gestão Municipal II” na Secretaria de Obras e Serviços Urbanos de Lajeado, onde vai atuar próximo do chefe da pasta, Fabiano Bergmann (PP).
- Em Teutônia, o presidente da câmara de vereadores propõe a criação de um grupo composto pelos Legislativos dos municípios que compõem o chamado G8 (Teutônia, Paverama, Westfália, Imigrante, Colinas, Poço das Antas, Fazenda Vilanova e Boa Vista do Sul).
- Atenção, prefeitos e prefeitas. Vamos cuidar para não nomear parentes de vereadores. Sempre pode pegar mal…