“A gente deve fazer tudo com amor e carinho”

ABRE ASPAS

“A gente deve fazer tudo com amor e carinho”

Aos 73 anos, o jardineiro José Pedro de Oliveira nem pensa em parar de trabalhar. Funcionário mais antigo do Jardim Botânico de Lajeado, conhece cada árvore do parque. Ele é natural de São José do Herval, mas veio a Lajeado há pouco mais de 16 anos. Aqui, os filhos e netos construíram a vida e seu José descobriu o amor pela natureza

“A gente deve fazer tudo com amor e carinho”
Foto: Raica Weiss

Há quanto tempo trabalha no Jardim Botânico?

Faz 14 anos. Comecei logo depois que me mudei para Lajeado, há 16 anos. Hoje moro aqui pertinho, no bairro Moinhos D’Água. O Jardim melhorou desde então, acompanhei muita coisa por aqui. No início, eu cortava a grama com uma máquina pequena, demorava um bocado porque o pátio é grande. Ajudei a plantar as árvores da parte mais afastada do Jardim, hoje é um matagal, mas conheço tudo. Aqui dentro não me perco.

Quais as suas funçõesno Jardim?

Eu faço um pouco de tudo, por assim dizer. Já rocei muita coisa, mas hoje trabalho principalmente com jardinagem. Fiz um curso aqui dentro do JBL, tenho o diploma em casa. Cuido das rosas ali na entrada do parque, tem que cortar direitinho para elas brotarem de novo. Eu conheço cada árvore daqui, por isso ajudo na coleta de sementes também. Às vezes, acompanho a bióloga em atividades fora do Jardim, porque conheço bastante sobre as plantas.

Qual parte do trabalho você mais gosta?

Eu gosto de tudo, mas prefiro as árvores frutíferas, adoro frutas. Lá em casa tenho uma porção delas, volta e meia trago algumas sementes aqui pro Jardim e umas frutas pros colegas.

Sempre quis trabalhar com jardinagem?

Nunca imaginei. Eu comecei a trabalhar cedo na colônia e depois em obra. Nunca pensei em jardinagem, mas gostei, adoro o que faço aqui. Acredito que a gente deve fazer tudo com amor e carinho, tudo que fizer com cuidado funciona. Nem penso em me aposentar, quero continuar trabalhando.

Para você, qual a importância de cuidar da natureza?

A natureza é saúde. O ar aqui no Jardim é diferente. As pessoas podem vir aqui e respirar, podem ver árvores, flores, comer frutas. Isso é saúde. A gente precisa cuidar dela. Fico feliz quando vejo os visitantes, o interesse em conhecer as plantas. Tem muita gente que passa por aqui, gente de fora da região. Eles me pedem informações muitas vezes, isso é muito bacana.

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