A comunidade de Venâncio Aires segue mobilizada pela inauguração da Sala das Margaridas, um espaço construído anexo à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) para oferecer acolhimento e atendimento especializado a mulheres vítimas de violência doméstica. Apesar de estar pronta há quase um ano, a unidade ainda aguarda a oficialização do Estado para iniciar as atividades.
O projeto da Sala das Margaridas foi viabilizado por meio da mobilização de entes públicos e do repasse de emendas impositivas indicadas por vereadores, pela Prefeitura e pela Vara de Execução Criminal (VEC). O investimento ultrapassa R$ 150 mil, o que garante um ambiente moderno e adequado para o atendimento às vítimas.
Apelo por celeridade
Durante a sessão da Câmara de Vereadores nessa segunda-feira, 3, o vereador Jeferson Schwingel (PP) expressou indignação com a demora na inauguração do espaço. Ele apresentou uma moção de apelo ao governo estadual para solicitar urgência na liberação da unidade.
“Lamento muito ser necessário fazer uma moção de apelo para a inauguração da Sala das Margaridas, uma estrutura que recebeu recursos da comunidade e que poderia atender mulheres vítimas de violência. Só no mês de janeiro, foram registrados 44 casos em Venâncio Aires. O espaço está pronto, moderno e adequado, mas o Estado precisa apenas vir inaugurar”, destacou Schwingel.
O vereador também cobrou explicações sobre os motivos da demora e criticou a falta de consideração com a comunidade local. “Recentemente, outras Salas das Margaridas foram inauguradas em municípios próximos, mas, por algum motivo, Venâncio Aires foi esquecido. Precisamos dessa resposta do Estado”, afirmou.
A importância da Sala das Margaridas
A Sala das Margaridas foi projetada para oferecer um atendimento humanizado às vítimas de violência doméstica. O espaço conta com uma área de acolhimento, um quarto para repouso e uma sala de reconhecimento equipada com tecnologia moderna, visando garantir segurança e conforto para as mulheres em situação de vulnerabilidade.
Diante do aumento dos casos de violência doméstica, a comunidade e as autoridades municipais seguem pressionando o governo estadual para que a inauguração ocorra o mais rápido possível. Enquanto isso, as vítimas continuam enfrentando dificuldades para acessar um atendimento especializado e digno.
A reportagem do Grupo A Hora entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul para saber se há previsão de inaugurar o espaço, mas até o momento não teve retorno.