Pé na estrada!

Opinião

Carlos Martini

Carlos Martini

Colunista

Pé na estrada!

Meio que aos trancos e aos barrancos a sempre fundamental logística de transportes regional vem sendo recuperada e com várias novas obras relevantes quase em conclusão ou em vias de o ser. Muitas reivindicações legítimas e até então meio latentes também surgiram no cenário dos debates regionais.

Como diz o meu Cumpádi Belarmino: há males que vem para o bem e a realidade é daqui pra frente, sem espremer o limão além do que pode sair de suco. Nem tudo será plenamente equacionado e resolvido Aqui e Agora.

Mapa do Chile

Foi vereador, deputado estadual e federal, senador, até vice-presidente e não foi adiante por problemas de saúde e tempo de vida.

O apelido fazia referência à sua estrutura física: magrela, comprido e alto, feito mesmo o mapa do Chile.

Alguns (poucos e raros) de seus oposicionistas o classificavam como um ¨muçum¨, mais liso que sabonete molhado ou bunda de nenê, como diz o meu Cumpádi Belarmino. Talvez porque nunca conseguiram pegar o pé dele e nem mesmo o dedo minguinho metido em qualquer tipo falcatrua ao longo de sua extensa e profícua vida pública.

Quando questionado na imprensa sobre alguma questão polêmica em voga, coçava o queixo e declarava: ¨as consequências virão…¨

Na réplica dos entrevistadores: sim, mas quais consequências? Saia com uma tréplica: ¨Podem ser mais ou menos boas, mais ou menos ruins, ou pode até não ter consequências nenhuma.¨

Visões de futuro

Apenas como exemplo, porque teria várias outras iniciativas para citar e destacar em diferentes pontos locais e cidades valedotaquarienses.

Se não tivesse ocorrido loteamentos bem planejados e aprovados anteriormente, inclusive com uma baita e inusitada avenida à época, lá pelos idos de 1960 e uns quebrados. Se não tivesse a destinação prévia de uma área para instalação de um inovador parque de exposições, já bem próximo a então Rodovia da Produção. Se não tivesse ocorrido a articulação de implantação de um viaduto sobre a rodovia, ligando dois bairros importantes. Se não fosse aberto um trecho de mata para conectar diretamente uma então avenida sem saída com novos belos espaços urbanos emergindo. Se não fosse as saudáveis negociações para transformar uma então estradinha de terra pra virar numa outra baita avenida. Se não fosse a ¨traballheira¨ que deu pra retornar à soberania municipal uma extensa área nobre urbana, então ainda sob a jurisdição federal.

Não creio que o saudoso e respeitável Seu Alberto Müller tenha imaginado que um eixo urbano que o homenageia chegasse a ter a projeção atual que tem e a futura que ainda vai ter.

Mas os que vieram depois dele tiveram, de um jeito ou de outro. E não foram poucos, muitos tiveram méritos nessas empreitadas. Por isso mesmo não vou citar nenhum, até prá não correr o risco de ser injusto e deixar alguém de fora. Cada um sabe o que fez, bem como cada instituição e respectivas lideranças envolvidas ao longo do tempo. E não creio que façam questão de muitos e merecidos ¨confetes¨ por parte dessa modesta coluna. A história mais cedo ou mais tarde vai ser devidamente registrada, dando o devido mérito a quem fez por merecer.

Livre pensar

“Quando a gente acerta ninguém se lembra, quando a gente erra ninguém esquece.” – (Autoria incerta)

Acredite se quiser

É da vida e faz parte do jogo político: se é complicado contestar a mensagem, ataque o mensageiro, ou ¨desconstrua sua imagem¨ e crie uma ¨nova narrativa¨ no linguajar politicamente correto atual. E acredite quem quiser.

Não resolve nada pretender crucificar um agora ex-presidente do BC, ou fabricar expectativas positivas em algum novo ocupante do cargo, que já integrava o Copom há anos.

Narrativas midiáticas são muito úteis para consumo imediato, mas não duram muito e não costumam resolver problemas reais e permanentes. Pro meu gosto só servem pra encher linguiça.

Saideira

O nôno encontra a carteira aberta da nona na mesa e vê que ela guarda uma foto dele, ficou empolgado:
– Com tanto tempo juntos tu ainda guarda uma foto minha na carteira!
– Me serve como motivação…
– Como assim?
– Cada vez que me surge um problema na vida eu prá me tranquilizar olho pra foto e penso: além disso o que de pior pode me acontecer…?

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