CCR ViaSul intensifica trabalhos para entrega de 20 quilômetros

RETOMADA DAS OBRAS

CCR ViaSul intensifica trabalhos para entrega de 20 quilômetros

Ao longo do trecho entre Estrela e Marques de Souza, 15 frentes de trabalho atuam para entregar duplicações, novas pontes e faixas adicionais. Concessionária busca retomar cronograma inicial e reverter prejuízo causados pela catástrofe em maio

CCR ViaSul intensifica trabalhos para entrega de 20 quilômetros
Paralelo à duplicação, concessionária avança com obras de terceira faixa entre Lajeado e Estrela. (FOTOS: GABRIEL SANTOS)
Vale do Taquari

Depois da enchente, atrasos e problemas envolvendo a construtora, a CCR ViaSul intensificou os trabalhos e projeta entregas significativas em 2025. Uma delas é a duplicação de 20 quilômetros entre Marques de Souza, Lajeado e a recuperação de trechos bastante afetados pela cheia e enxurrada de maio.

Durante a semana, o diretor da CCR Viasul, Fernando de Marchi, detalhou o plano de investimentos da concessionária e a intenção de projetos ao longo dos anos de concessão. Os números foram detalhados aos líderes empresariais e prefeitos das cidades lindeiras.

O encontro promovido pelo Grupo A Hora contou com a fala também do coordenador de Engenharia, Gabriel Cunha. Segundo ele, os trabalhos se intensificam com 15 frentes de trabalho, a maioria entre Lajeado e Estrela, incluindo o trabalho noturno para o içamento de vigas em pontes, viadutos, novas pavimentações e faixas laterais.

Até o momento, a CCR ViaSul já possui 14 quilômetros de pistas liberadas entre Lajeado e Marques de Souza. Em alguns trechos ainda será necessário a junção de pistas e sinalização. Entre o bairro Conventos e no acesso ao Montanha, estão previstos até julho a conclusão de viadutos e todas as faixas laterais.

O trabalho desde abril de 2024 é realizado pelo Consórcio Via Sul, formado pela antiga Odebrecht e a Power China. A obra é acompanhada e fiscalizada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Prejuízo de R$ 300 milhões

Um dos maiores desafios da concessionária é reverter os prejuízos causados pela enchente de maio. Nas vias administradas pela concessionária, a BR-386, as enchentes e enxurradas foram registradas em maio de 2024. O trabalho de reconstrução segue com várias frentes de trabalho.

O ponto mais crítico considerado pela concessionária é o trecho entre Lajeado e Estrela, entre a ponte do rio Taquari (km-349) e o viaduto do Superporto (km-350). Em maio, mais de 60 pontos foram afetados. Um levantamento feito pela concessionária apontou um prejuízo e a necessidade de investimento de R$ 300 milhões. Para conseguir os recursos necessários, foram acessados créditos do BNDES, no valor de R$ 125 milhões, e também recursos de seguradoras.

Grande parte dos investimentos foi aplicada em reparos, recuperação de taludes, pavimentação, realização de terraplanagens em trechos que foram levados pela água. Outros valores foram investidos na recuperação de pontes e viadutos. Ao menos cinco estruturas foram atingidas: as pontes do rio Taquari, arroio Boa Vista, ponte seca nas imediações da Havan e no Superporto em Estrela.

Acessos e regularização

Uma das complexidades encontradas na região com o avanço de obras é a regularização de acessos, que nem sempre é de responsabilidade da concessionária. Conforme a presidente do Codevat, Cíntia Agostini, muitos proprietários estão com dificuldades e buscam ajuda dos municípios.

“É uma novela mexicana, pois são muitas responsabilidades. Para regularizar um acesso, o proprietário ou o ente público deve elaborar um projeto rodoviário, incluindo estudo de tráfego, e submeter à concessionária, que o analisará e, se estiver conforme as normas, o encaminhará à ANTT para aprovação. O processo é muitas vezes demorado devido às rígidas exigências das normas rodoviárias”, reforça.

Integração entre poderes

Para a prefeita de Estrela, Carine Schwingel, muitas questões precisam ainda de solução. “É necessário uma união entre os setores privados e públicos para trabalharem em conjunto”.

A prefeita aponta que a construção de vias marginais, como forma de centralizar os acessos e evitar entradas diretas nas rodovias, é uma das principais reivindicações da região. “O esforço conjunto, envolvendo todos os atores da comunidade, é essencial para garantir o sucesso das obras e a melhoria da infraestrutura local.”

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