As quatro semanas de fevereiro serão de articulação sobre o futuro da Amturvales. No início de março, a associação turística do Vale define sua próxima direção. O atual presidente, Charles Rossner, não deve permanecer na função para dedicar-se à sua empresa, a RS Turismo.
Alguns nomes na iniciativa privada são especulados. Entre eles, Cris Garcia, presidente do Comtur de Lajeado e líder do Polo Gastronômico Regional.
A outra hipótese é a Amturvales voltar ao modelo de anos anteriores com um agente político em seu comando, no caso um dos prefeitos.
E neste aspecto há uma encruzilhada em que é preciso considerar os prós e contra. Afinal, os movimentos do setor turístico recentes fazem dos próximos anos decisivos para estabelecer se o Vale atenderá a expectativa por estrutura e atendimento de clientes oriundos do mundo inteiro.
Em tempo: a visibilidade da função e a pauta positiva somadas a pretensões de atuais prefeitos despertam interesse por parte de alguns nomes importantes da política regional, das partes alta e baixa do Vale.
Acil, governo e o novo parque
Ainda em 2025 é possível que iniciem as obras para reformulação no parque do Imigrante, em Lajeado. A projeção é do presidente da Acil, Joni Zagonel. O planejamento inicial é ter a nova estrutura à disposição em 2026. O modelo proposto é uma parceria com criatividade na obtenção dos R$ 15 milhões necessários para o amplo projeto sair do papel.
O assunto está na pauta da prefeita Gláucia Schumacher e por óbvio não conflita com os demais projetos habitacionais, de educação ou saúde. Todas as demandas são importantes.
O trunfo de Lajeado no turismo são os eventos, a vida noturna mais diversificada em comparação com outros municípios, opções em hotelaria e fácil acesso a região metropolitana, Serra e assim por diante. Para esta magnitude de atividades, a matéria-prima base é um espaço físico para shows, conferências, seminários e outras propostas. E o parque, renovado, pode oferecer esta estrutura e abrigar projetos para formação profissional, enfim funcionalidades não faltam!
Quais são e quem determina as prioridades?
É mais simples do que parece compreender o impasse no modelo de concessão de rodovias proposto pelo estado. Encantado e as demais cidades da parte alta querem obras na ERS-129 e da ERS-130, na ligação com Arroio do Meio. Lajeado e Cruzeiro do Sul, na teoria, estão de olho nisso também. A RSC-453 é o foco de Estrela, Venâncio Aires e outros municípios. Já Teutônia prioriza a Via Láctea e defende uma duplicação de todo o trecho no município. Há ainda os acessos, rótulas, anéis viários, pontes e tantos outros pedidos.
Tirar do papel todos estes projetos provocaria uma explosão no valor da tarifa a ser paga pelos motoristas. A região precisa definir o que é prioridade e fortalecer os pedidos. O impasse é que a ordem de relevância dos pedidos varia de acordo com quem lista as obras. Nos resta a maturidade de estabelecer projetos, de fato, regionais e entender que algumas necessárias obras ficarão para algum momento ao longo da concessão.
É um processo que requer pensamento coletivo e visão macro. O preço a ser pago se não conseguirmos é não ter investimento algum, mais uma vez.