Representar o RS: orgulho e responsabilidade

Opinião

Rodrigo Rother

Rodrigo Rother

Professor na UNIVATES e no CEAT - @rodrigorother

Colunista Esportivo

Representar o RS: orgulho e responsabilidade

Fazem alguns bons anos que atuo na Seleção Gaúcha de voleibol feminino de base. Em 2002 comecei como voluntário, na função de assistente técnico, depois fui ganhando espaço até 2006 receber a primeira oportunidade como técnico e em 2016 tornar-me coordenador técnico das seleções femininas. De lá para cá, foram 11 medalhas em Campeonatos Brasileiros de Seleções, sendo duas delas de campeão da divisão especial. No ano passado, além do título, o prêmio individual de “melhor técnico” da competição foi a cereja no bolo.

Uma longa história foi percorrida entre os anos de 2002 e 2025, quando novamente estarei na função de técnico da Seleção Gaúcha Sub-16. Neste “filme” que passa na cabeça, alguns aprendizados importantes, que comento agora.

Comecei na seleção em 2002 de forma voluntária. Cheguei para o então técnico da Seleção, Juca Klein, (o qual não conhecia e acabamos virando grandes amigos) e me ofereci para ajudar nos treinos. Buscava bola, ajudava a sacar e atacar nos treinos, dormia no alojamento embaixo da arquibancada e fazia tudo mais que fosse possível para que a preparação da equipe ocorresse da melhor forma. Naquele ano, Juca me ofereceu a oportunidade de acompanhar a Seleção no Campeonato Brasileiro, em Uberlândia/MG, onde conseguiria alojamento e alimentação, mas eu deveria pagar minha passagem aérea. Topei na hora e investi nesta experiência que enriqueceu demais minha formação.

Em 2006 eu seria novamente assistente técnico, mas houveram muitos problemas na montagem da equipe, onde as principais jogadoras foram para outros estados e suas suplentes foram para universidades dos EUA. O técnico da equipe acabou pedindo dispensa e “sobrou” pra mim a oportunidade de ser técnico da Seleção pela primeira vez. Seria uma equipe muito desfalcada e com pouco treino, o que certamente impactaria na nossa performance. Mesmo com todos os problemas, aceitei prontamente. Acabamos em 7° lugar, mas pude mostrar um pouco da coragem que é necessária para assumir grandes desafios.

Em 2007, considerando que eu havia assumido aquela situação delicada do ano anterior, tive a oportunidade de assumir novamente a função de técnico, mas desta vez com a equipe completa e com autonomia para fazer a preparação como eu pensava ser a mais adequada. Nesse ano fomos vice-campeões, superando grandes adversários. Essa medalha deu credibilidade para seguir na função por mais muitos anos e repetir o pódio mais algumas vezes.

Agora em 2025 estamos nos preparando para mais um grande desafio. A sensação é de um prazer enorme e muito orgulho em defender as cores do Rio Grande do Sul. Levar para dentro da quadra toda uma história de luta e bravura de um povo que é aguerrido por natureza. Ao mesmo tempo, uma responsabilidade gigante, porque nosso estado merece estar em evidência no cenário nacional e temos a obrigação de fazer nosso papel para isso acontecer.

Seguiremos firmes no nosso propósito e contamos sempre com a torcida e apoio de todos vocês! Bora Gaúchas!

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