Postura de Donald Trump revela tendência para economia global nos próximos anos

Opinião

Lucas Scapini

Lucas Scapini

CEO do Grupo Scapini e diretor da Fetransul

Postura de Donald Trump revela tendência para economia global nos próximos anos

No dia 20 de janeiro, Donald Trump realizou o seu discurso de posse e oficialmente se tornou o 47º presidente dos Estados Unidos da América. O empresário e político destacou que, sob sua liderança, “a América está de volta e aberta para negócios”. Ao longo dos últimos dias acompanhei os desdobramentos do discurso e gostaria de trazer uma reflexão: O que essa postura significa para a economia global e, principalmente, como o discurso do novo presidente da principal potência econômica do mundo revela uma tendência para os próximos anos?

Acredito que, primeiro de tudo e talvez a questão mais importante, seja o viés liberal. Trump anunciou que sua administração vai promover o maior corte de impostos da história do país. “Incluindo massivos cortes de impostos para trabalhadores e suas famílias, além de grandes cortes para produtores nacionais”, destacou o presidente. Essa postura lança uma tendência global de busca pelo corte de impostos e facilitação do empreendedorismo iniciada agora principalmente nos Estados Unidos. “Venha produzir na América e vamos dar as menores taxas de qualquer nação da Terra”, avisou Trump.

Esse trecho de seu discurso é importante na minha visão pois abre as portas dos EUA para o empresário estrangeiro e fortalece uma visão que temos aqui no Brasil: a necessidade de facilitar a entrada de capital estrangeiro para estimular a concorrência saudável e aumentar os postos de emprego.

Trump também destacou que um de seus principais objetivos é baixar a inflação que, segundo o presidente, atingiu patamares históricos durante os últimos 4 anos. “O resultado foi a pior crise inflacionária da história moderna e taxas de juros altíssimas para nossos cidadãos, e até ao redor do mundo. O preço dos alimentos e o de quase todas as coisas conhecidas pela humanidade estouraram o teto”, complementou.

Essa postura reforça a necessidade de potencializar a economia local e de buscar a autossustentabilidade. Este olhar pode ser uma tendência também para o nosso país para os próximos anos, uma vez que estamos vivendo no Brasil um cenário de alta nos produtos básicos do dia a dia.

Por fim, mas não menos importante, destaco a tendência de desregularização do mercado de criptomoedas. O presidente disse que o governo dos EUA pretende reverter medidas implementadas pelo governo de Joe Biden para beneficiar o setor de capital digital e tecnologia.

Essa medida deve impactar o cenário de investimentos em criptomoeda no mundo inteiro, o bitcoin, por exemplo, teve alta de 1,43% após o novo decreto de Donald Trump que prevê a criação de um grupo de trabalho sobre criptomoedas nos Estados Unidos, e da promessa do presidente em encerrar a repressão da Securities and Exchange Comission (SEC, a CVM americana) à indústria de cripto.

Ou seja, na minha visão, o presidente americano tem, nesse início de gestão, buscado fortalecer a economia do país em diferentes vertentes e essas medidas, que já refletem em toda economia mundial, devem ser uma tendência ao longo dos próximos anos. Resta à nós torcer para que o Brasil encaminhe parcerias de sucesso com os norte-americanos para que ambos os países prosperem em um futuro próximo.

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