A 1ª Conferência Intermunicipal de Meio Ambiente do Vale do Taquari está agendada para 12 de fevereiro, na Univates, em Lajeado. A iniciativa é da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat) e faz parte da 5ª Conferência Nacional de Meio Ambiente, que tem como temática “Emergência Climática: os desafios da transformação ecológica tendo como objetivo a elaboração de ações para mitigação do impacto das mudanças do clima”.
Emergência climática
Sem dúvidas, estamos vivendo uma situação de emergência climática. Precisamos urgentemente de adoção de medidas para frear o aquecimento global e reduzir as emissões de carbono. As discussões passam por todas as esferas de governo e de parlamento – municipal, estadual e federal , pelo meio acadêmico e científico e pelos cidadãos. Não é alarmismo. É realidade, é ciência.
Debates e ações
O debate é muito importante, mas não é possível ficar só na esfera das discussões. São necessárias ações. Quanto cada município do Vale destina para pasta de meio ambiente? Há verba para educação ambiental, com projetos que criem uma nova consciência na população de todas as faixas de idade? Há recursos humanos nas secretarias que deem conta, não só das demandas habituais, mas que atuem em projetos, em fiscalização?
Propostas na mesa
A 1ª Conferência de Meio Ambiente receberá propostas de “estratégias para adaptação, preparação, mitigação e estruturação contra os eventos climáticos que vem ocorrendo”. São cinco eixos: mitigação; adaptação e preparação para desastres; justiça climática; transformação ecológica; e governança e educação ambiental.
Participação aberta
Os cidadãos podem participar da Conferência. As inscrições estão abertas, são gratuitas e podem ser feitas pelo site da Amvat (amvat.com.br). O evento será presencial.
Apareça, leão-baio!
O doutor em Biologia Luiz Liberato Costa Corrêa iniciou uma empreitada e tanto! Ele busca fazer o registro fotográfico de um Puma concolor, também conhecido como leão-baio. Corrêa recebeu relatos de avistamento, na região, de um potencial felino de grande porte, muito similar ao puma. Ele visitou a localidade e, em janeiro, instalou algumas câmeras traps (armadilhas fotográficas) em trilhas numa área florestal. A cada 10 dias, ele verifica os registros.
Desde então, as câmeras captaram imagens de gambá-de-orelha-branca, graxaim-do-mato, quati, tatu-galinha, veado-catingueiro e tamanduá-mirim. Os dois últimos são considerados ameaçados de extinção no Rio Grande do Sul. É provável ainda o registro de gato-do-mato-grande, gato-do-mato-pequeno e gato-maracajá, porque são espécies que ocorrem por aqui.
Sobre o puma
É provável a ocorrência do Puma concolor no Vale do Taquari, considerando que a região é de domínio Mata Atlântica e a presença do Rio Taquari e outros na região se tornam um caminho biogeográfico para diversas espécies silvestres até mesmo para o puma. Corrêa vai seguir monitorando a localidade com as câmeras por mais um período, na busca de novos registros. Mesmo que não seja registrado o puma, ele considera muito importante investigar as espécies silvestres da região.