Líderes do Vale do Taquari apontam o sistema de cobrança free flow como a melhor alternativa para o pagamento de pedágios. No entanto, consideram o valor da tarifa, de R$ 0,23 por quilômetro rodado, abusivo. O custo elevado é um dos principais entraves para a consolidação do plano de concessão das rodovias do Bloco 2.
A presidente do Codevat, Cintia Agostini, defende que o modelo é justo por trazer equidade e proporcionalidade ao sistema de cobrança. Contudo, ela ressalta a necessidade de buscar alternativas para ajustar o custo, além de um olhar mais atento do governo estadual para a realidade da região. “O governo precisa levar em conta o que aconteceu com o Vale do Taquari nos últimos meses e o quanto já se pagou em pedágios ao longo de 30 anos. É inadmissível que, em mais de 400 quilômetros de rodovias, não haja um único quilômetro duplicado.”
O valor por quilômetro é diretamente influenciado pelo número de obras previstas no projeto. O prefeito de Encantado, Jonas Calvi (PSDB) questiona se todas as intervenções planejadas são, de fato, necessárias e compara a tarifa com a de outras regiões do estado, que pagam R$ 0,16 por quilômetro rodado.
Ambos os líderes destacam a importância de prefeitos e representantes municipais se aprofundarem no estudo dos projetos para compreenderem os detalhes e os impactos nas comunidades locais. A expectativa é de que todos estejam preparados para a reunião marcada para o dia 17 de fevereiro, que reunirá prefeitos, vereadores, entidades públicas e o governo estadual para discutir o projeto de concessão.