Terrenos mal cuidados desafiam nova estrutura do governo

LAJEADO

Terrenos mal cuidados desafiam nova estrutura do governo

No Moinhos, mato alto e presença de animais peçonhentos têm gerado constantes transtornos. No Jardim Botânico, a falta de manutenção dos lotes e ausência de calçadas tiram o sossego do munícipes. Problemas estão no escopo da futura secretaria

Terrenos mal cuidados desafiam nova estrutura do governo
Moradores do Moinhos se queixam do abandono de terrenos. (Foto: MAIRA SCHNEIDER)
Lajeado

Moradores de diferentes regiões de Lajeado têm enfrentado uma série de problemas causados por terrenos abandonados ou mal cuidados, que se tornaram foco de reclamações e transtornos. Entre os bairros mais afetados estão a Rua Olmiro Cardoso Siqueira, no bairro Moinhos, e o Jardim Botânico, onde a falta de manutenção tem gerado impactos na qualidade de vida da população local.

No Moinhos, o abandono de um terreno no final da Olmiro Cardoso Siqueira é uma preocupação constante para os moradores. A vegetação descontrolada, somada à proliferação de animais peçonhentos como cobras, aranhas e carrapatos, tem causado sérios transtornos. A aposentada Maria Inês Rockenbach, de 61 anos, relatou que a situação se repete todos os anos e está afetando diretamente a saúde dos residentes.

“Não conseguimos mais ficar na porta de casa, está cheio de mosquitos, carrapatos, cobras, aranhas. Todo ano é a mesma coisa. Não somos obrigados a passar por isso, é uma falta de respeito com quem paga seus impostos”, desabafa Maria Inês. Ela ainda destaca que a prefeitura já foi acionada, mas como o terreno é particular, pouco pode ser feito pelas autoridades.

A situação se agravou a ponto de surtos de dengue na região, com muitos moradores contraindo a doença devido à proliferação de mosquitos. “A maioria dos moradores já contraiu a doença por conta dos mosquitos”, conta a aposentada. Além disso, o bueiro no local tem transbordado frequentemente, gerando forte odor e mais desconforto para os moradores.

Pontos de atenção

No Jardim Botânico, a falta de manutenção dos lotes tem gerado outros problemas. O presidente da Associação de Moradores, Alfredo Farinhas Neto relata que cerca de 80% dos lotes no bairro não possuem calçadas, dificultando o trânsito de pedestres.

“São vários pontos de atenção aqui no bairro. Nossas avenidas não têm iluminação adequada, não há faixas de segurança, nem quebra-molas, e isso tem causado acidentes graves, incluindo mortes”, afirma. A falta de infraestrutura básica, somada ao descarte irregular de lixo, tem sido uma preocupação constante para os moradores, que pedem uma solução urgente.

O recolhimento e o descarte de lixo na região têm sido outro ponto de insatisfação. O presidente da associação conta que, apesar de uma reunião com a Secretaria do Meio Ambiente no ano passado, onde foi acordada a retirada das lixeiras e a mudança no processo de coleta, nada foi efetivamente resolvido. “Com a implantação da Zeladoria, esperamos que nossos transtornos sejam resolvidos ou, pelo menos, amenizados”, cita.

Solução urgente

Diante dos relatos e das constantes queixas, os moradores pedem uma solução urgente para os problemas que afetam não apenas a qualidade de vida, mas também a saúde pública. O governo de Lajeado informa que, por se tratar de terrenos particulares, os proprietários serão notificados para realizar a limpeza dos locais, e a secretaria responsável fará a fiscalização da execução do serviço.

Enquanto isso, os moradores aguardam uma resposta rápida da administração municipal, na esperança de que ações efetivas possam sanar, ou ao menos minimizar, os transtornos causados pelo abandono e pela falta de cuidados com esses espaços.

Nova estrutura

Um dos principais projetos da nova administração é a criação de uma nova secretaria que, segundo a prefeita Gláucia Schumacher, será dedicada a resolver questões cotidianas e essenciais para a população, como manutenção de ruas, praças, pontos de ônibus e iluminação pública.

“Queremos ter um atendimento mais próximo da população, focando no que mais importa para o munícipe”, afirma. A criação dessa nova estrutura administrativa, que será encaminhada à Câmara de Vereadores, visa dar uma resposta rápida e eficaz às demandas locais.

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