O volume de obras necessárias nas rodovias do Bloco 2 foi definido com base no nível atual de serviço, classificado entre A e F, conforme explicou o secretário da Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi. “No nível A, o motorista trafega continuamente a 100 km/h, enquanto no nível F o trânsito fica completamente congestionado”, detalhou.
Segundo Capeluppi, foi estabelecido que os níveis E e F são inaceitáveis para as rodovias do Estado. Por isso, conclui-se que 43% das rodovias do Bloco 2 precisam de ampliação de capacidade para alcançar níveis considerados adequados. “Essa análise detalhada do nível de serviço em cada trecho é fundamental para determinar onde as obras são prioritárias. Não se trata de uma decisão arbitrária sobre fazer obras ‘aqui ou ali’, mas de uma avaliação técnica que considera o desempenho atual e futuro das rodovias”, justificou.
Atualmente, estão previstas 244 km de duplicações e 103 km de terceiras faixas. No entanto, o número de obras influencia diretamente no valor da tarifa cobrada no sistema free flow. Através do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs), o Bloco 2 receberá R$ 1,3 bilhão em investimentos, o que reduziu o preço do quilômetro rodado para R$ 0,23. Apesar disso, gestores ainda consideram o valor elevado.
Embora existam críticas, há um consenso de que as concessões e as obras são essenciais para o desenvolvimento regional. O secretário menciona que a audiência pública que ocorre nesta sexta-feira, 24, oferece um espaço importante para debater o que é prioritário e financeiramente viável.