A expectativa para a concessão do Bloco 2 do projeto de infraestrutura tem gerado preocupações e sugestões por parte de líderes de Teutônia. O presidente da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Teutônia, Renato Scheffler, expressa sua preocupação com a forma como o projeto foi apresentado e com os impactos negativos que ele pode ter sobre a cidade e seus bairros.
Scheffler aponta que a proposta atual de fechamento de trevos e o desvio do fluxo de veículos para a Avenida Major Bandeira pode resultar em congestionamento nas vias internas do município. “A duplicação da Via Láctea até a Major Bandeira e o fechamento dos trevos comprometerá o trânsito local, especialmente para os veículos grandes. Vamos acabar congestionando as vias internas e dificultando a circulação no município”, afirma o presidente da CIC.
Outro ponto crítico é a localização do pórtico do pedágio, que ficará na Vila Nova, a cerca de 6 km da BR-386. Scheffler e outros líderes locais temem que isso prejudique ainda mais o acesso à cidade. “Solicitamos que a duplicação da Via Láctea seja estendida até a BR-386, garantindo uma conexão eficiente”, destaca.
Além disso, o projeto original prevê o bloqueio de acessos importantes, como a Rota do Sol, que serve como via de acesso ao Distrito Industrial. Para os líderes de Teutônia, essa medida seria prejudicial à economia local e à mobilidade urbana. “Acredito que o projeto não foi avaliado de forma presencial. Se tivesse sido, teriam identificado locais que seriam muito prejudicados, como o acesso à Rota do Sol”, afirma Scheffler.
Em resposta a essas preocupações, foi criado um grupo de trabalho para debater as melhorias necessárias no projeto. Reuniões já foram realizadas e, entre as soluções sugeridas, uma das mais debatidas é a construção de túneis para conectar os bairros que ficariam separados. “A duplicação vai separar ainda mais os bairros, especialmente o Languiru e o Alesgut, dificultando a transposição entre eles. Propomos, então, a construção de túneis, que seriam uma solução mais eficaz do que elevações”, explica.
Outra sugestão levantada foi a criação de vias marginais ao invés de duplicar a Via Láctea, permitindo que o fluxo de veículos entre os bairros seja mantido sem interromper a rapidez da rodovia. “Precisamos de vias alternativas para garantir a fluidez do trânsito entre os bairros. Existem apenas duas vias que conectam o bairro Languiru a Teutônia, e isso precisa ser resolvido”, alerta o presidente.
Com a continuidade das discussões, os líderes de Teutônia reforçam a importância de um debate mais aprofundado sobre o projeto, buscando alternativas que atendam às necessidades da cidade e garantam um trânsito mais eficiente e seguro para os moradores e para o desenvolvimento local.
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