Escola laticinista prevê primeira turma em agosto

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Escola laticinista prevê primeira turma em agosto

Iniciativa, idealizada em 2023, busca sanar déficit de mão de obra no setor leiteiro. Aulas ocorrem na Escola Estadual de Educação Profissionalizante de Estrela, que prepara ambiente de aprendizagem

Escola laticinista prevê primeira turma em agosto
Escola vai atender demandas do setor leiteiro e qualificar a mão de obra
Estrela

A implantação de uma escola laticinista no Vale do Taquari avança e a primeira turma do curso está projetada para o mês de agosto. A iniciativa surgiu há cerca de dois anos com o objetivo de sanar a escassez de mão de obra no setor leiteiro e também com a proposta de diversificar produtos lácteos. O projeto com foco na cadeira leiteira é pioneiro no estado.

As aulas devem ocorrer em três ambientes na região, em parceria com entidades públicas e privadas. As aulas teóricas serão oferecidas na Escola Estadual de Educação Profissionalizante de Estrela (Eeepe), a parte prática no Colégio Teutônia, que conta com estrutura adequada, e as análises laboratoriais na Univates, que possui laboratório pronto.

A prefeita de Estrela, Carine Schwingel, destaca que a escola laticinista é uma iniciativa de execução regional, com disponibilidade da qualificação a moradores de outros municípios. “É uma solução para a indústria leiteira. Como o projeto foi idealizado há cerca de dois anos, conseguimos avançar com a parte burocrática”, comenta.

O andamento do projeto, apresentado por Carine, na época em que ocupava o cargo de secretária de Desenvolvimento, Inovação e Sustentabilidade, ao Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) dependia da avaliação da Superintendência da Educação Profissional do Estado (Suepro).

A instituição estadual homologou o curso, por meio da 3ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE). Com isso, iniciou a preparação do ambiente de aprendizado na Eeepe, com elaboração da grade curricular.

Entre os desafios, a estruturação dos espaços para as aulas. Para avançar com esta etapa são necessários recursos financeiros. “Aguardamos recursos de emendas. Mas como as aulas iniciam pela parte teórica, não fica impedida a criação da primeira turma. A expectativa é que os laboratórios estejam viabilizados até o fim do ano”, afirma a prefeita. O orçamento para criação da escola está avaliado em cerca de R$ 1 milhão.

Estruturação

A diretora da escola profissionalizante, Cláudia Petter, reforça a necessidade do projeto na região. Ela ressalta que o objetivo também é atender as demandas das empresas do ramo. “Vamos planejar o espaço físico e escutar indústrias do setor para estruturar o currículo”, afirma. A expectativa é alinhar a proposta à realidade do mercado.

Até março, a equipe trabalha na elaboração da grade curricular. Posteriormente, a proposta é encaminhada à Suepro para aprovação do Conselho Estadual de Educação. A duração do curso deve ser definida com base nestas informações.

O lançamento oficial do projeto foi feito durante a 46ª Expointer, em agosto de 2023. Atualmente, existe uma escola laticinista no Brasil, localizada em Minas Gerais.

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