A implantação de uma escola laticinista no Vale do Taquari avança e a primeira turma do curso está projetada para o mês de agosto. A iniciativa surgiu há cerca de dois anos com o objetivo de sanar a escassez de mão de obra no setor leiteiro e também com a proposta de diversificar produtos lácteos. O projeto com foco na cadeira leiteira é pioneiro no estado.
As aulas devem ocorrer em três ambientes na região, em parceria com entidades públicas e privadas. As aulas teóricas serão oferecidas na Escola Estadual de Educação Profissionalizante de Estrela (Eeepe), a parte prática no Colégio Teutônia, que conta com estrutura adequada, e as análises laboratoriais na Univates, que possui laboratório pronto.
A prefeita de Estrela, Carine Schwingel, destaca que a escola laticinista é uma iniciativa de execução regional, com disponibilidade da qualificação a moradores de outros municípios. “É uma solução para a indústria leiteira. Como o projeto foi idealizado há cerca de dois anos, conseguimos avançar com a parte burocrática”, comenta.
O andamento do projeto, apresentado por Carine, na época em que ocupava o cargo de secretária de Desenvolvimento, Inovação e Sustentabilidade, ao Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) dependia da avaliação da Superintendência da Educação Profissional do Estado (Suepro).
A instituição estadual homologou o curso, por meio da 3ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE). Com isso, iniciou a preparação do ambiente de aprendizado na Eeepe, com elaboração da grade curricular.
Entre os desafios, a estruturação dos espaços para as aulas. Para avançar com esta etapa são necessários recursos financeiros. “Aguardamos recursos de emendas. Mas como as aulas iniciam pela parte teórica, não fica impedida a criação da primeira turma. A expectativa é que os laboratórios estejam viabilizados até o fim do ano”, afirma a prefeita. O orçamento para criação da escola está avaliado em cerca de R$ 1 milhão.
Estruturação
A diretora da escola profissionalizante, Cláudia Petter, reforça a necessidade do projeto na região. Ela ressalta que o objetivo também é atender as demandas das empresas do ramo. “Vamos planejar o espaço físico e escutar indústrias do setor para estruturar o currículo”, afirma. A expectativa é alinhar a proposta à realidade do mercado.
Até março, a equipe trabalha na elaboração da grade curricular. Posteriormente, a proposta é encaminhada à Suepro para aprovação do Conselho Estadual de Educação. A duração do curso deve ser definida com base nestas informações.
O lançamento oficial do projeto foi feito durante a 46ª Expointer, em agosto de 2023. Atualmente, existe uma escola laticinista no Brasil, localizada em Minas Gerais.