O espaço Flores.Ser atua de que forma?
Desde 2022, o projeto atende alunos, professores e famílias, focando no reconhecimento das emoções e no bem-estar. A iniciativa utiliza ferramentas como ioga, meditação e círculos de construção de paz. Em 2023, foram realizados acompanhamentos individuais para famílias e alunos e atividades para 1147 crianças, 148 famílias e 112 professores. Em 2024, o projeto expandiu para as EMEIs, com inspirações em metodologias como Montessori e Reggio Emília, sempre valorizando a criação de uma identidade própria para o território.
Qual a importância desta iniciativa na vida dos estudantes?
As ações são essenciais não só para os estudantes, mas para toda a comunidade escolar, incluindo professores e famílias. Vivemos tempos desafiadores, com problemas como automutilação entre jovens e sobrecarga dos professores. A educação deve ser vista como um valor e um esforço coletivo para transformar escolas e cidades em espaços saudáveis.
Como avalia o ensino atual?
A aprendizagem está em constante movimento e deve ser baseada em experiências significativas, que realmente marquem os estudantes. É preciso considerar os contextos de vida das crianças e adolescentes, pois ambientes violentos ou negligentes comprometem o aprendizado. A escola, junto com a comunidade, precisa oferecer experiências que promovam o desenvolvimento integral
A lei sancionada pelo governo federal proíbe o uso de celular na escola. Você é contra ou a favor do uso da tecnologia no ensino dos jovens?
Para a primeira infância, sou contra, pois as telas prejudicam o desenvolvimento de habilidades como foco e criatividade. A tecnologia deve ser vista como uma ferramenta e não como um fim. Sentimos falta de recursos como livros e enciclopédias, que promovem um processo mais profundo de pesquisa e aprendizado. Além disso, a discussão sobre tecnologia deve envolver toda a comunidade, incluindo as famílias.
Qual o intuito da viagem que fará para a Itália?
Aprofundar os estudos na abordagem Reggio Emília, participando de cursos e vivências focadas em escuta, observação e pertencimento. Essa viagem dá continuidade a uma trajetória que inclui experiências em Portugal, como no Pro-Child Colab e com José Pacheco, da Escola da Ponte, sempre buscando novas perspectivas para a educação.