Produção nacional, o longa “Ainda Estou Aqui” foi sucesso de público, uma vez que ultrapassou 3 milhões de ingressos vendidos nos cinemas de todo país. Segundo a Agência Nacional do Cinema (Ancine), a bilheteria foi a maior da história das produções nacionais pós-pandemia.
Em Lajeado, mais de 20 mil pessoas assistiram ao filme, que rendeu um Globo de Ouro para a atriz Fernanda Torres. Ela se tornou a primeira atriz brasileira a ganhar o prêmio, considerado um dos mais importantes do cinema mundial.
Para o diretor de cinema, Maciel Fischer, a recepção do público para a narrativa de “Ainda Estou Aqui” chama a atenção, uma vez que, historicamente, as maiores bilheterias de filmes nacionais são associadas ao gênero comédia. A qualidade técnica, assim como a crítica e os prêmios, são apenas alguns dos motivos que instigaram os brasileiros. O fato de retratar uma história real também pode ter despertado o interesse.
“O filme vai muito além da performance espetacular da atriz Fernanda Torres, pois nos faz refletir sobre um passado, nem tão recente, e perceber que o cinema é muito mais que um entretenimento, o qual é capaz de nos transportar para uma outra época, nos proporcionando enriquecimento cultural e histórico”.
Sobre o filme
“Ainda Estou Aqui” é inspirado no livro de Marcelo Rubens Paiva sobre a história da própria família. A obra se passa em 1971, durante a ditadura no Brasil, e narra o momento em que militares prenderam o pai de Marcelo, o ex-deputado Rubens Paiva, interpretado por Selton Mello.
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