O prazo de 120 dias para avaliação do projeto de concessão, estabelecido pelo grupo multissetorial do Vale, pode comprometer o andamento do processo, alerta o Secretário de Estado da Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi. “Me preocupa, pois 120 dias é um prazo muito longo para que o processo fique parado. Precisamos avançar e aprimorar, se quisermos dar início ainda no primeiro semestre”, afirmou.
O secretário destaca que o estado está aberto para avaliar e entender o formato proposto pelo grupo, mas antecipa que a concessão tem como objetivo aumentar a capacidade de desenvolvimento e a resiliência da região. Além disso, ele explica que o principal fator que influencia o valor da tarifa é o volume de obras a serem realizadas e reforça a necessidade de uma discussão responsável sobre o tema.
“Conversamos com a sociedade, que solicitou essas obras, pois as considera importantes. Estamos falando de R$ 6,7 bilhões em investimentos. Portanto, é válido questionar se um volume menor de obras atenderia às demandas da região, ao meu ver, isso não seria suficiente”, ponderou o secretário.
Em relação a obras de reconstrução, Capeluppi explicou que é necessário compreender a demanda e avaliar o que se encaixa no modelo do Funrigs, que segue uma série de normas estabelecidas por uma lei complementar federal, a qual exige que os investimentos sejam direcionados para a construção de soluções resilientes. No entanto, o estado já se adiantou e identificou quais obras poderiam ser financiadas com os recursos disponíveis, resultando em um total de R$ 1,3 bilhão. O secretário enfatizou que boa parte desse montante será destinado à melhoria de 16 pontes.